Com os meus amigos aprendi que o que dói às aves
Não é o serem atingidas, mas que,
Uma vez atingidas,
O caçador não repare na sua queda.
Daniel Faria / Pórtico
A casa dos cefeiros
GOD como isto é bem verdade!
Não há olhar mais sensível, mais exacto,
mais ardente, mais revelador e mais latejante,
do que o do toque...
Não te esqueças, sobretudo, de olhar devagar...
“A frieza é, para todos nós,
o congelador do desespero.
Evita a dor que sentimos nos faça desabar,
como um castelo de cartas.
Por outro lado,
se o ódio é uma espécie
de tira-nódoas do sofrimento,
a frieza é a melhor defesa
contra o risco do ódio surgir
como um vulcão que nos engole. “
Eduardo Sá
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei.
Não sei se fico ou passo.
Cecília Meireles
Motivo
Pois é meus amigos, e hoje uma quota parte da minha tarde foi sentida exactamente na onda do estado de espírito deste texto e em jeito de continuação...
Não fico nem passo
mas apenas VOU
na onda do destino...
Gosto de acreditar que na nossa vida nada acontece por acaso... Surgiu um convite para um novo desafio laboral. Não é em Coimbra, mas a uma hora de caminho... o que à partida me poderá obrigar a re-organizar toda a minha rotina. Amanhã saberei condições. Amanhã saberei avaliar se valerá a pena atirar-me de cabeça ou se continuo agarrar-me ao para-quedas de serviço!
Não me sinto nervosa... a idade trás-nos uma segurança incrível e a experiência ensinou-me a não sofrer por antecipação ou colocar demasiados "ses" no pensamento..
Amanhã o sol vai brilhar e isso é o que mais interessa lol
PS ultra Importante para a minha querida Marta M (vi o teu coment mas não vou conseguir responder), queria dizer-te que foi um enorme prazer e uma delicia ter-te conhecido hoje. Que bom que me reconheceste e me falaste. Adorei muito mesmo :)). Fico à espera de combinarmos um almoço ok? Beijinho doce para ti amiga :)
(... cross your fingers for me please! )
O medo, essa força misteriosa que nos rouba a alegria e o sonho,
devia vir no dicionário como antónimo de vontade.
O medo é como um terreno minado;
nunca o atravessamos mesmo que do outro lado
estejam todos os nossos desejos.
Margarida Rebelo Pinto
Diário da tua ausência
Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas,
que já têm a forma do nosso corpo,
e esquecer os nossos caminhos,
que nos levam sempre aos mesmos lugares.
É o tempo da travessia: e, se não ousarmos faze-la,
teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.
Fernando Teixeira de Andrade
O Medo: o maior gigante da alma
A Nuvem e a Duna
Uma jovem nuvem nasceu no meio de uma grande tempestade no Mar Mediterrâneo.
Mas sequer teve tempo de crescer ali; um vento forte empurrou todas as nuvens em direcção a África.
Assim que chegaram ao continente, o clima mudou: um sol generoso brilhava no céu, e em baixo estendia-se a areia dourada do deserto do Saara. O vento continuou a empurrá-las em direcção às florestas do sul, já que no deserto quase não chove.
Entretanto, assim como acontece com os jovens humanos, também acontece com as jovens nuvens: a jovem nuvem resolveu desgarrar-se dos seus pais e amigos mais velhos, para conhecer o mundo.
- O que estás a fazer? - reclamou o vento. - O deserto é todo igual! Volta para a formação, e vamos até o centro de África, onde existem montanhas e árvores deslumbrantes!
Mas a jovem nuvem, rebelde por natureza, não obedeceu. Pouco a pouco, foi baixando de altitude, até conseguir planar numa brisa suave, generosa, perto das areias douradas. Depois de muito passear, reparou que uma das dunas estava a sorrir para ela.
Viu que ela também era jovem, recém-formada pelo vento que acabara de passar. Na mesma hora, apaixonou-se pela sua cabeleira dourada.
- Bom dia - disse.
- Como é viver aí em baixo?
- Tenho a companhia das outras dunas, do sol, do vento, e das caravanas que de vez em quando passam por aqui. As vezes faz muito calor, mas dá para aguentar. E como é viver aí em cima?
- Também existe o vento e o sol, mas a vantagem é que posso passear pelo céu, e conhecer muita coisa.
- Para mim a vida é curta - disse a duna. - Quando o vento retornar das florestas, irei desaparecer.
- E isso entristece-te?
- Dá-me a impressão que não sirvo para nada!
- Eu também sinto o mesmo. Assim que um novo vento passar, irei para o sul e me transformarei em chuva; entretanto, esse é o meu destino.
A duna hesitou um pouco, mas terminou dizendo:
- Sabes que, aqui no deserto, nós chamamos a chuva de Paraíso?
- Eu não sabia que podia transformar-me em algo tão importante - disse a nuvem, orgulhosa.
- Já escutei várias lendas contadas por velhas dunas. Elas dizem que, após a chuva, nós ficamos cobertas de ervas e de flores. Mas eu nunca saberei o que é isso, porque no deserto chove muito raramente.
Foi a vez da nuvem ficar hesitante. Mas logo em seguida, tornou a abrir o seu largo sorriso:
- Se quiseres, eu posso-te cobrir de chuva. Embora tenha acabado de chegar, estou apaixonada por ti, e gostaria de ficar aqui para sempre.
- Quando te vi pela primeira vez no céu, também me enamorei - disse a duna. - mas se transformares a tua linda cabeleira branca em chuva, terminarás morrendo.
- O amor nunca morre - disse a duna. - Ele transforma-se. Eu quero mostrar-te o Paraíso!
E começou a acariciar a duna com pequenas gotas. Assim permaneceram juntas por muito tempo, até que um arco-íris apareceu.
Dias depois, a pequena duna estava coberta de flores. Outras nuvens que passavam em direção a África, achavam que ali estava parte da floresta que andavam em busca, e despejavam mais chuva. Vinte anos depois, a duna tinha-se transformado num oásis, que refrescava os viajantes com a sombra de suas árvores.
Tudo porque, um dia, uma nuvem apaixonada não tivera medo de dar a sua vida por causa do amor.
Paulo Coelho
Assim é a Simplicidade do Amor... dar de coração, dar com todo o sentimento, carinho, cuidado, sem medos ou receios e com a vontade pura de preencher uma outra pessoa.
Aproveito este texto lindissimo para lembrar que o Desafio em Cadeia está novamente em acção aqui! Simplicidade é desta vez a palavra! Toca a participar sim?
Boa semana para todos :))
“A fidelidade não se compra, conquista-se, a longo prazo, através das nossas atitudes e comportamentos, que demonstram, confiança, respeito, atenção etc,.”
Este é um dos “chavões” de marketing e vendas, mas é engraçado como se pode também aplicar às mais variadas relações humanas. A fidelidade não devia ser exigida ou imposta mas sim conquistada continuamente.
Infelizmente é comum que a palavra “fidelidade” seja imediatamente associada a uma relação amorosa, e para mim esta postura ou sentimento é dos mais importantes e valiosos em qualquer tipo de relação humana.
Assim, é, sem dúvida, importante perceber qual o real significado de “fidelidade” nas relações humanas. Existe uma imensa e extensa escala de atitudes ou comportamentos que não é vista da mesma forma por todas as pessoas.
Tudo vai depender das pessoas, do tipo de relacionamento que está em jogo, da educação e dos valores de cada um, dos sonhos construídos e da própria experiência de vida que vai mudando a forma como as pessoas sentem e vivem essa escala de atitudes, e como as aplicam nas suas vidas.
Todo um mundo exterior existirá sempre em redor das relações enquanto que as “tentações” se vão cruzando no caminho das pessoas. A conquista é uma grande ajuda para que se mantenham unicamente como tentações.
Para mim a “fidelidade” não é um compromisso que fazemos com os que nos rodeiam, mas sim com o nosso sentimento e connosco próprios. Se não formos fieis ao que sentimos, o resto passa a ter uma importância muito relativa mesmo!
E para vocês, o que é a Fidelidade?
O carinho e a ternura constituem um suporte sobre o qual construímos outros sentimentos.
Estão presentes nas várias formas de amor que conhecemos e funcionam como uma base sobre a qual colocamos outros ingredientes que vão moldando os sentimentos.
Construir um sentimento deste tipo requer, para além do carinho e da ternura, que se adicione o respeito, o companheirismo, a paixão, o desejo, a entrega, a admiração e outros ingredientes da vida. Não existem regras nem receitas infalíveis, por isso há que calcular “a olho” a dose de cada um dos ingredientes, provando e melhorando o sabor do sentimento que vamos experimentando.
E quando o resultado é bom, pode dizer-se que é uma delícia saborear o que se obtém!
Outro doce sabor é quando nos sentimos cumplices de algo, quando nos entregamos a um desafio, e cuja receita está mesmo aqui ao lado para provar. O desafio em cadeia #3 está já on-going aqui! Acrescentem os vossos ingredientes (leia-se textos, frases, poesias) a esta bela receita para que se perpétue como um doce manjar :)
Deixo-vos o desejo de uma excelente semana!
Era uma vez um lugar chamado Vale dos Sentimentos e lá moravam todos os sentimentos do mundo.
Cada qual com seu nome: Alegria, Tristeza, Sabedoria, Determinação e muitos, muitos outros.
Apesar de serem muito diferentes, davam-se muito bem.
Até os sentimentos como o Orgulho, Tristeza e Vaidade não tinham problemas entre si.
Mas era lá no fundo do vale, na última casinha que morava o mais bonito dos sentimentos: o Amor.
Ele era tão bom que, quando os outros sentimentos chegavam perto dele, ficavam mudados. Isso acontecia porque de entre todos eles o Amor era o melhor.
Porém, no mesmo vale, num lugar mais afastado havia um castelo. Lá, neste castelo também morava um sentimento, só que não tinha nada de bom.
Era o lar da Raiva. E a Raiva, de tão ruim que era, não gostava dos outros moradores do vale. Por isso, quando acordava de mau humor, fazia de tudo para estragar a beleza do lugar.
Certo dia teve uma ideia. Desceu à cave da sua casa e então preparou uma poção muito esquisita e maléfica. A fumaça que se ergueu da poção tomou conta do lugar e do vale todo; e transformou-se numa tempestade como nunca se tinha visto antes!
Quando o vale se encheu de raios, chuva e vento, todos correram para se protegerem. O Egoísmo foi o primeiro a esconder-se, deixando todos para trás.
A Alegria deu risadas de alívio por se ter salvo rapidinho. A Riqueza recolheu tudo o que era seu, antes de se abrigar. A Tristeza, a Sabedoria, a Vaidade... todos conseguiram chegar às suas casas a tempo... excepto o Amor.
Ele estava tão preocupado em ajudar os outros sentimentos que acabou por ficar para trás.
Então uma coisa demasiado má aconteceu: um raio cortou os céus. Ouviu-se um estrondo gigantesco e um corpo caiu ao solo. A raiva deu a sua tarefa por cumprida e retirou-se para dormir.
Quando a tempestade passou, todos os sentimentos puderam abrir aliviados as suas janelas. Mas ao saírem, eles sentiram uma coisa diferente no ar.
- O que aconteceu com o amor? - perguntavam entre si
- Ele não se mexe; afirmou outro dos sentimentos.
- Está tão parado que até parece que morreu - exclamou outro.
Nesse momento a Tristeza começou a chorar; o Orgulho não aceitava. Disse que tudo era mentira. A Riqueza afirmava que era um desperdício e a Alegria, pela primeira vez, verteu lágrimas pelos olhos.
Foi nesse instante que uma coisa estranha começou a acontecer. Os sentimentos começaram a ter desavenças porque sem o Amor para uni-los, as diferenças apareceram.
A situação já estava bem má quando eles repararam que estavam a ser observados. Alguém que eles nunca tinham visto por ali antes. Então o estranho ajoelhou-se à frente do Amor... tocou-o calmamente... e ele abriu os olhos.
- Ele não morreu.
O amor não morreu! - gritavam os outros sentimentos.
Foi aí que todos puderam ver o rosto do estranho... o seu nome era Tempo.
Todos comemoraram, porque o Amor estava vivo e sempre estará! Porque não há nada que possa acabar com o amor, enquanto o Tempo estiver ao seu lado para ajudá-lo.
Assim a paz voltou a reinar no Vale dos Sentimentos.
O Amor e o Tempo casaram-se e tiveram três filhos. Os nomes deles são: Experiência, Perdão e Compreensão. E moram juntos hoje e para todo o sempre no Vale dos Sentimentos, bem lá no fundo daquele lugar que se chama CORAÇÃO.
Havia um viúvo que morava com as suas duas filhas curiosas e inteligentes.
As meninas tinham por hábito fazer muitas perguntas. Algumas ele sabia responder, outras não.
Como pretendia dar-lhes a melhor educação, decidiu que as meninas iriam passar uns dias com um sábio, que morava no alto de uma colina.
O sábio respondia sempre a todas as perguntas sem hesitar.
Impacientes com o sábio, as meninas resolveram inventar uma pergunta que ele não saberia responder.
Então, uma delas apareceu com uma borboleta azul e que iria usar para pregar uma partida no sábio.
- O que vais fazer? - perguntou a irmã
- Vou esconder a borboleta nas minhas mãos e perguntar ao sábio se ela está viva ou morta! Se ele disser que está morta, vou abrir minhas mãos e deixá-la voar. Se ele disser que ela está viva, vou apertá-la e esmagá-la. E assim qualquer resposta que o sábio nos der estará errada!
As duas meninas foram, então, ao encontro do sábio, que estava a meditar.
- Tenho aqui uma borboleta azul – disse a menina
Diga-me sábio, ela está viva ou morta?
Calmamente o sábio olhou para a menina, sorriu e respondeu:
- Depende de ti. Ela está nas tuas mãos.
E assim é a nossa vida, o nosso presente e o nosso futuro.
Não devemos culpar ninguém quando as coisas correm mal. Somos os autores do livro da nossa vida.
O curso da nossa vida está nas nossas mãos, assim como a borboleta estava nas mãos da menina...
Quando a nossa vida começa, apenas temos uma mala muito pequenina.
À medida que os anos vão passando, a bagagem vai aumentando porque existem muitas coisas que vamos recolhendo pelo caminho, coisas que nós pensamos que são importantes...
A um determinado ponto do caminho começa a ficar insuportável carregar tantas coisas... pesa demais...
Então podemos escolher:
- ficar sentados à beira do caminho, e esperar que alguém nos ajude (o que é difícil, pois todos que passarem por ali já terão a sua própria bagagem...)
- ou podemos ficar a vida inteira à espera, até que os nossos dias acabem...
- ou podemos aliviar o peso e esvaziar a mala.
Mas, o que tirar? O melhor é começar por tirar tudo cá para fora... vejamos agora o que temos lá dentro:
Amor, Amizade... maravilha!
Tem bastante... e é curioso que não pesa nada...
Tem também algo pesado... devemos fazer força para tirar... era a Raiva e o Rancor – e como eles pesam!
Quando começamos a tirar, eis que aparecem a Incompreensão, o Medo, o Pessimismo... nesse momento, o Desânimo quase nos puxa para dentro da mala...
É urgente puxa-lo para fora com toda a força, e no fundo aparece um Sorriso, sufocado no fundo da nossa bagagem...
Salta cá para fora outro sorriso e mais outro, e aí sai a Felicidade... Então colocamos as mãos, de novo, dentro da mala e tiramos para fora a Tristeza...
Agora, vamos ter que procurar a Paciência dentro da mala, pois vamos precisar de bastante...
Procuramos então o resto, a Força, a Esperança, a Coragem, o Entusiasmo, o Equilíbrio, a Responsabilidade, a Tolerância e o Bom e Velho Humor.
Convém tirar a Preocupação também... e deixa-la de lado, depois pensamos o que fazer com ela...
Bem, a nossa bagagem está pronta para ser arrumada novamente!
Mas, temos que pensar bem no que vamos colocar lá dentro de novo, certo?
Agora é convosco. E não se esqueçam de fazer isto mais vezes, porque o caminho é longo... muito longo...
Lembrem-se disto sempre...
São uns olhos verdes, verdes,
Uns olhos de verde-mar,
Uns olhos cor de esperança,
Uns olhos que me fazem sonhar.
São como duas esmeraldas,
Iguais na forma e na cor,
São verdes da cor do prado,
Que exprimem enormes paixões,
Tão facilmente se inflamam,
Tão meigamente derramam
Fogo e luz
Fios de lágrimas;
São uns olhos verdes, verdes,
Que podem também brilhar;
Não são de um verde embaçado,
Mas verdes da cor do prado,
E verdes da cor do mar.
Como se lê num espelho,
Pude ler nos teus olhos!
Os olhos mostram a alma,
Também refletem os céus;
São uns olhos verdes, verdes
Os olhos do meu coração!
É da minha vivência, da partilha de experiências e de momentos diários que busco a inspiração necessária para escrever. Às vezes é de situações menos esperadas que dou largas à minha imaginação e ao meu sentido prático para ver nas pequenas coisas, ou em breves momentos, uma imensidão de comparações com a vida. Ontem foi mais um dia de inspiração e desta vez num casamento!
A dada altura dou por mim a jogar snooker. Recuo no tempo por momentos, e alinho o meu pensamento com imagens que me vêm à memória das muitas e viciantes vezes, que há uns bons anos atrás, me dedicava a este jogo. Gostava tanto e jogava tanto que cheguei mesmo a comprar um taco profissional. Conservo-o algures na garagem...
É curioso que mesmo tendo snooker na empresa onde trabalho, confesso que já não jogava há uns anos, e estava de facto muito destreinada daqueles velhos truques que só ao fim de algumas tacadas é possível recordar!
A dada altura dou por mim a olhar para a mesa de bilhar... é incrível como vi aquela mesa como a própria vida! De fundo vermelho, verde ou azul... não importa, pode ser da cor que cada um de nós a pinta no dia a dia. De uma tacada damos inicio ao jogo... as bolas espalham-se e facilmente podem personificar os nossos objectivos, sentimentos, amigos, familiares, ou um sem número de vertentes que tenhamos imaginação para personificar. O objectivo do jogo é de uma tacada metermos cada bola no buraco certo? Já disse há pouco que estava destreinada... se numas bolas exercia demasiada força, noutras tentava minorá-la.... Tomo consciência que o jogo dependia exclusivamente da minha performance. Cheguei a ter jogadas de meter 3 bolas seguidas, mas imediatemente acontecia meter a bola branca e invalidava a última jogada e lá tinha mais uma bola em cima de mesa. No meio de um "palavrão" e de uma frustração instantaneamente compreendi como aquele jogo personificava tão bem a vida!
Andamos numa luta constante e preocupados em atingir os nossos objectivos, em manter os amigos, em resolver situações, em sermos felizes... a vida vai correndo umas vezes bem e outras nem por isso. É incrível como num jogo de snooker aceitamos tão bem as regras... se não tocarmos na nossa bola ou metermos a branca no buraco, sofremos a penalização de recolocar nova bola em jogo... criamos um atraso à tão ambicionada vitória.
Na vida devíamos ter esta consciência... se por alguma razão falhamos e sofremos "penalizações" porque nos custa tanto aceitar o sofrimento ou a dor ou a frustração? Porque não é fácil aceitarmos as regras do jogo da vida? Provavelmente não temos consciência que a vida é um jogo com regras próprias.
Num jogo de snooker... o parceiro com quem jogamos pode personificar o futuro ou as pessoas que nos rodeiam, tudo pode depender da nossa imaginação ou da perspectiva de cada um de nós! Naquele momento presente... em que estamos em jogo... ele corre bem ou mal dependendo da nossa performance... mas só sabemos o desenvolvimento do jogo a cada tacada do parceiro... e nós vamos reagindo. Se o parceiro começa a meter muitas bolas, ou se coloca à defesa e ficamos sem visibilidade para chegarmos às nossas bolas, vamos vendo a nossa situação a complicar-se... mas chega a nossa vez e concentramo-nos no jogo e tentamos dar a volta à situação porque queremos ganhar.
Na vida e por mais que o "jogo diário" nos esteja a correr mal não devemos deixar de reagir e de ter consciências das "bolas" que temos em cima da mesa... aquelas que devemos cuidar em meter no buraco da felicidade, do ânimo, do desejo, da resolução, etc. Mesmo em momentos de contrariedades em que nos sentimos a ser derrotados não devemos nunca desanimar!
Estive duas horas a jogar snooker com o meu marido. Tive jogadas espectaculares, momentos de embaraço misturados com alguma frustração e o que é certo é que não ganhei um único jogo! Terminei com um sorriso amarelo e com a sensação de derrotada mas foi no momento. No caminho para casa vim a pensar como aquela derrota não pesou e o quanto é fácil aceitá-la num simples jogo. Porque em todos os jogos há vencedores e vencidos e porque em todos os jogos há regras para cumprir.
Se a vida fosse comparada a um jogo de snooker, ou se pelo menos nós a comparássemos a um jogo, será que não era mais fácil aceitarmos os contratempos, os obstáculos, as frustrações, as angústias e todas as amarguras que a derrota trás às nossas vidas?
Todos nós vivemos em busca da Felicidade...
Se a felicidade fosse uma senhora, podiamos chamá-la de Dona Felicidade!
A D. Felicidade mora onde colocamos os nossos sonhos. Alguns colocam os seus sonhos em lugares muito altos e imaginam que ser feliz é possuir tudo. Outros, já calejados pela vida e pelas lutas do dia a dia, aprenderam a colocar os seus sonhos em lugares mais próximos e tentam realizar apenas um sonho de cada vez.
A D. Felicidade é exigente! Ela exige que cada pessoa que queira realmente encontrá-la, meta pés a caminho e vá pessoalmente procurá-la. Ela não admite que as pessoas entreguem a sua felicidade nas mãos de outros ou que esperem que outros venham traze-la às suas vidas!
A D. Felicidade é tão simples e humilde que estamos sempre bem pertinho dela e nem sempre a vemos. As pessoas passam toda a vida a procurá-la e na maior parte das vezes ela está mesmo em frente aos seus narizes! E aquelas pessoas que investem as suas energias a tentar mudar alguém, a julgar os outros ou simplesmente à espera do regresso daquele amor perdido, jamais a vão conhecer!
D. Felicidade é comunicativa! Ela está constantemente a tentar enviar mensagens para aqueles que por qualquer motivo estão a sofrer, estão tristes ou desanimados com a vida: "O tempo é o melhor remédio e o melhor conselheiro". D. Felicidade está sentada à tua frente, está pertinho de ti, basta olhares a vida com a lente da simplicidade, dar o primeiro sorriso (afinal D. Felicidade é muito alegre), dar o primeiro passo para o libertar de qualquer tipo de escravidão (D. Felicidade é a própria liberdade), parar de ser a vítima infeliz (D. Felicidade não acredita em vítimas, acredita em acção e reacção).
O tempo vai trazer a resposta enquanto lutares pela tua felicidade e nunca te podes esquecer que tu és a parte mais importante da tua vida e muito importante para a própria vida.
Precisamos de ser felizes com as pequenas coisas, porque são estas que nos acabam por dar a verdadeira Felicidade!
Sejam felizes o máximo que puderem. Life is too short. ...
E que a D. Felicidade esteja bem presente no vosso Fim de Semana... estejam sempre bem atentos, combinado?
Um grupo de estudantes de geografia estudou as sete maravilhas do mundo. No final da aula, foi pedido aos estudantes para fazerem uma lista do que eles pensavam que fossem consideradas as sete maravilhas actuais do mundo.
Embora houvesse algum desacordo, começaram os votos:
1. As Pirâmides Do Egipto
2. Taj Mahal
3.
4. Canal Do Panamá
5.
6. Basilica de St. Peter
7. A Grande Muralha da China
Ao recolher os votos, o professor notou uma estudante muito quieta. A menina, não tinha virado a sua folha ainda. O professor então perguntou-lhe se estava com problemas em fazer a sua lista.
A menina quieta respondeu:
- Sim, um pouco. Eu não consigo fazer a lista, porque são muitas...
O professor disse:
- Bem, diga-nos o que você já tem e talvez nós possamos ajudá-la.
A menina hesitou, e então leu:
- Eu penso que as sete maravilhas do mundo sejam:
1. tocar
2. sentir
3. ver
4. ouvir
5. sentir sabor
6. rir
7. e amar
A sala então ficou completamente em silêncio.
A inquietude vive no seio das mentes sensíveis e ansiosas.
A quietude mora no conforto do coração.
A inquietude alimenta-se duma certa insatisfação perante o real que conduz ao mundo dos sonhos e dos ideais. A quietude encontrou a paz.
A inquietude aspira à quietude mas não consegue alcançá-la.
A quietude é um bem-estar interior que baloiça suvamente numa cama de rede.
A inquietude é nervosa, é como uma borboleta fugaz que voa perdida entre as flores sem saber que caminho seguir. A quietude é calma, é um riacho tranquilamente deitado.
A inquietude é errante e não estabiliza como a quietude.
A inquietude é um céu sem sol cheio de nuvens num fim da tarde.
A quietude é uma tarde amena de primavera.
A inquietude oscila entre o quente e o frio.
A quietude permanece na tepidez.
A inquietude nunca pára porque corre atrás da quietude.
A quietude descansa de ter muito caminhado…
Jacky
No nosso dia a dia há uma condicionante obrigatória e que todos devemos ter presente a cada minuto que passa: o Bom Humor!
O bom humor é uma porta aberta para a criatividade. Quando estamos de bom humor novas ideias surgem espontaneamente e a nossa performance melhora consideravelmente.
O bom humor existente em nós funciona como uma peneira que faz a selecção do que de melhor tem a realidade. Leva-nos a uma alegria genuína quando algo de bom nos acontece e não nos deixa cair em desespero naqueles dias menos bons!
O bom humor anda sempre de mãos dadas com a ajuda. Quem anda mal humorado, preenche os seus dias com rabugices e fecha-se em si mesmo. Quem está bem humorado ajuda mesmo quem não pede... contagia à boa disposição, desinibe e incita ao sorriso e à gargalhada. Quando estamos particularmente bem e felizes, custa muito menos tomar a palavra num grupo e conseguimos ser mais ousados nos nossos relacionamentos. O bom humor torna-nos mais maleáveis e tolerantes. O bom humor descontrai. Os risos, sorrisos, pensamentos malucos e alegres que advém da nossa boa disposição só beneficiam a nossa saúde.
Talvez seja preciso inventar o verbo “bem-humorar”...
Eu bem-humoro, tu bem-humoras, ele bem-humora...
Mas sempre e só no presente!
Nos dias em que um gelado custava muito menos do que hoje, um rapazinho de 10 anos entrou no café de um hotel e sentou-se numa mesa. Uma empregada de mesa trouxe-lhe um copo com água.
"Quanto custa um gelado cremoso de taça?" perguntou o rapazinho.
"Cinquenta cêntimos," respondeu a empregada.
O rapazinho tirou do bolso uma mão cheia de moedas e contou-as.
"Bem, quanto custa um gelado simples?" perguntou ele.
A esta altura já mais pessoas estavam à espera de uma mesa e a empregada começava a ficar impaciente.
"Trinta e cinco cêntimos," respondeu ela com brusquidão.
O rapazinho contou novamente as suas moedas.
"Vou querer o gelado simples." Respondeu ele.
A empregada trouxe o gelado, colocou a conta em cima da mesa, recebeu o dinheiro do rapazinho e afastou-se.
O rapazinho terminou o seu gelado e foi-se embora.
Quando a empregada foi levantar a mesa começou a chorar.
Em cima da mesa, colocado delicadamente ao lado da conta, estavam 3 moedas de cinco cêntimos...
É incrivel, mas o rapazinho optou por não comer o gelado cremoso de taça porque queria ter dinheiro suficiente para deixar uma gorjeta à empregada!
Dá que pensar não dá?
Depois do Documentário que acabei de ver sobre a luta da Farrah Fawcet, contra um cancro do cólon, nunca mais serei a mesma pessoa...
Fácil é analisar a situação alheia e
poder aconselhar sobre esta situação.
Difícil é vivenciar esta situação e
saber o que fazer ou ter coragem pra fazer.
Fácil é querer ser amado.
Difícil é amar completamente só.
Amar de verdade, sem ter medo de viver,
sem ter medo do depois.
Amar e se entregar, e aprender a
dar valor somente a quem te ama.
Fácil é ouvir a música que toca.
Difícil é ouvir a sua consciência,
acenando o tempo todo,
mostrando nossas escolhas erradas.
Fácil é ditar regras.
Difícil é seguí-las.
Ter a noção exata de nossas próprias vidas,
ao invés de ter noção das vidas dos outros.
Fácil é sonhar todas as noites.
Difícil é lutar por um sonho.
Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo,
mas com tamanha intensidade, que se petrifica,
e nenhuma força jamais o resgata.
Reverência ao destino -
Carlos Drummond de Andrade
O Coração de Mãe não é só apenas um músculo que bate sem parar.
É um lugar mágico onde acontecem as mais extraordinárias das coisas...
O Coração de Mãe está ligado a cada coração de um filho por um fio fininho, quase invisível.
É por causa deste fio que tudo o que acontece aos filhos faz acontecer alguma coisa dentro do coração de mãe.
Quando os filhos dão gargalhadas, o coração de mãe até dança.
Quando um filho está triste, o coração de mãe parte-se em mil bocadinhos.
Quando um filho adoece, o coração de mãe fica às pintinhas e muito mais pequenino...
Mas o coração de mãe volta a crescer quando o filho se sente finalmente melhor!
O coração de mãe fica branco, sem pinga de sangue, quando um filho dá um grande trambolhão.
O coração de mãe congela quando um filho se perde na multidão.
Quando não compreende os filhos, o coração de mãe é como um novelo embaraçado.
No coração de mãe passa uma nuvem escura sempre que um filho é mal-educado.
O coração de mãe ganha ferrugem quando não vê um filho há muito tempo.
Mas quando chega a hora de ir buscar os filhos à escola, parece um avião a jacto!
Quando um filho diz uma piada, o coração de mãe ilumina-se...
E lá dentro abre-se uma janela, sempre que o filho aprende uma palavra nova.
O coração de mãe é um vulcão (em erupção) sempre que um filho faz um grande disparate.
Mas quando um filho precisa de ajuda é um sino que toca sem parar!
Aliás quando querem fazer mal aos seus filhos, o coração de mãe enche-se de garra e dentes afiados!
Quando chegam as férias o coração de mãe bate mais devagarinho...
Nos dias de piqueniques, o coração de mãe é um passarinho.
E há um dia em que no coração de mãe nascem flores...
quando descobre que vai nascer outro filho!
Afinal o coração de mãe
não é só um músculo
que bate sem parar...
É um lugar mágico
onde acontecem
as mais extraordinárias
das coisas!
Planeta Tangerina
Isabel Minhós Martins
Bernardo Carvalho
* Defesas
* As Sete Maravilhas do Mun...
* Destino
* FoodScapes - Absolutament...
* Escrever a Vida em Capítu...