Tenho alguns amigos que atravessam duras crises de solidão afectiva.
Por mais que lhes diga que a solidão é um estado de espírito, que não se devem sentir assim porque há imensa gente que os rodeia e os ama e que gosta deles, é dificil conseguir transferir-lhes ânimo e alento.
Alguns estão apaixonados e não são retribuídos, outros vivem a frustração de um casamento acabado e outros simplesmente querem determinada pessoa nas suas vidas e nem sempre têm a melhor atitude para a conseguirem.
É estranha essa sensação de achar ou saber que quem amamos, não nos ama de volta e a consequente sensação de vazio, de despovoamento do planeta. Falta aquela pessoa e é como se resumisse o mundo inteiro. Que poder tem então essa pessoa sobre nós sem o saber!
Ninguém deveria apoderar-se de nós assim. Que se passa então? Talvez um reviver de abandonos passados, de rejeições anteriores, mágoas que nunca sararam. O que devia ser apenas uma chuvada com trovoada, seguida de bonança, transforma-se numa imensa tempestade que tudo assola, devastadora do próprio ser…
Não deveria ser assim!
Não pode ser assim!
É preciso aprender a conviver com a rejeição do passado e depois, sim, lidar com a rejeição do presente e dar-lhe o valor que ela tem, não multiplicá-la pelo passado.
É preciso levantar a cabeça, aceitar a derrota, e seguir em frente.
É preciso afastar os fantasmas do passado, os medos de um repetir de sentimentos que só vão estagnar a vida, essa que tem que seguir o seu curso!
É preciso dar-se a si próprio uma segunda chance e deixar-se ser feliz!
Se nós não gostarmos de nós... e nos mimarmos... quem o conseguirá?
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