Quinta-feira, 17 de Setembro de 2009
O Poder das Decisões

 

 “O futuro é construído pelas nossas decisões diárias,

inconstantes e mutáveis, e cada evento influencia todos os outros.”

 

A vida assenta numa tomada constante de decisões... e estas tantas vezes tomadas num âmbito de enormes indecisões...

 

As nossas decisões são capazes de mudar as nossas vidas? 

 

Por vezes uma e determinada decisão acaba por mudar a vida porque é uma escolha entre pelo menos mais do que um único caminho. Optamos por tomar uma decisão, mas e se a escolha fosse diferente o encadeado de momentos da nossa vida seria forçosamente distinto? Podemos sempre escolher entre ficar quietos e esperar que algo aconteça por si, mas devemos escolher agir, fazer opções, e isto sim, significa dar uma orientação diferente à nossa vida.

 

Voltando à pergunta colocada, a ideia tem mais a ver com o sermos capazes de fazer escolhas sucessivas no sentido da nossa vida tomar um determinado rumo. Acima de tudo isto obriga à decisão de querer tomar um determinado rumo, certo? E como tomamos essa decisão?

 

Acho que não existem regras universais, nem para nós nem para os outros. Há decisões que tomamos porque algo acontece e temos que reagir, há também situações em que podemos tomar uma decisão em determinado período, como na passagem de ano só porque achamos que temos de ter uma vida nova, ou então depois de uma enorme desilusão porque concluímos que não queremos repetir a experiência. Podemos decidir mudar de rumo depois de uma enorme reflexão em que achamos que o rumo que estávamos a seguir nos vai conduzir a sensações que não queremos viver. Podemos mesmo decidir por medo, por medo de seguir um rumo que temos vindo a seguir, por medo de perder tudo o que já conquistamos, por medo de magoar os outros, por medo de não sermos capazes de decidir de outra forma ou por medo que a nossa decisão acabe por nos deixar mais vulneráveis.

 

Outra coisa complicada e que nos acontece no acto de decidir é saber quais os passos que devemos seguir para tomar determinada decisão e que por vezes a nossa indecisão interior torna dificil de definir.

Há vezes que decidimos no momento sem pensar duas vezes e há outras vezes em que levamos tanto tempo a decidir que quando tomamos a decisão já é tarde demais.

E no fundo apenas estamos a falar de um passo único: o de decidir!

Tudo o resto foi o que nos levou a decidir ou foram várias decisões sucessivas dos momentos anteriores.

 

E quais as “balanças” que usamos? Em que pesos e medidas assentamos o nosso poder de decisão? Todos os aspectos externos têm um factor que consideramos, depois toda a nossa essência,  a nossa imaginação e os nossos medos e anseios, são aquilo que podemos supor e aquilo com que conseguimos sonhar, são os medos que nos trazem pesadelos e os medos que temos de perder alguma coisa importante. Às vezes decidimos só com um prato da balança, decidimos por reacção sem sequer pesar os prós e os contras, mas e quando nos vemos numa situação em que o que decidirmos poderá ter um impacto enorme, a nossa indecisão sobre que decisão tomar é muito dificil de gerir.

 

A cada dia que passa e em cada momento vamos decidindo o nosso rumo e em cada um desses momentos vamos ajustando o nosso rumo. Às vezes fazemos variações bruscas e outras vezes seguramos apenas o leme de forma firme e segura. A nossa vida pode assim levar um rumo certo, pode variar de rumo ao sabor da ondulação, pode ser um eterno vai e vem, podemos andar aos círculos, podemos nem sair do sítio... depende das decisões que vamos tomando!

 

Hoje apetecia-me mudar o meu rumo profissional. Por um lado o desgaste diário, a constante preocupação, o enorme sentido de responsabilidade, e a vontade de evoluir para outras áreas a nível financeiro, por outro lado, o lugar confortável que ocupo actualmente, a confiança e o respeito que já detenho e a flexibilidade de horários... Pesos diferentes mas que equilibram a balança na conclusão que estou bem e não devo mexer. Mas há sempre um mas e no nosso dia a dia a vida é feita de escolhas e de decisões!

 



publicado por Sheila às 11:17
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Domingo, 23 de Agosto de 2009
A borboleta Azul

 

Havia um viúvo que morava com as suas duas filhas curiosas e inteligentes.

As meninas tinham por hábito fazer muitas perguntas. Algumas ele sabia responder, outras não.

Como pretendia dar-lhes a melhor educação, decidiu que as meninas iriam passar uns dias com um sábio, que morava no alto de uma colina.

O sábio respondia sempre a todas as perguntas sem hesitar.

Impacientes com o sábio, as meninas resolveram inventar uma pergunta que ele não saberia responder.

Então, uma delas apareceu com uma borboleta azul e que iria usar para pregar uma partida no sábio.

- O que vais fazer? - perguntou a irmã

- Vou esconder a borboleta nas minhas mãos e perguntar ao sábio se ela está viva ou morta! Se ele disser que está morta, vou abrir minhas mãos e deixá-la voar. Se ele disser que ela está viva, vou apertá-la e esmagá-la. E assim qualquer resposta que o sábio nos der estará errada!

As duas meninas foram, então, ao encontro do sábio, que estava a meditar.

- Tenho aqui uma borboleta azul – disse a menina

Diga-me sábio, ela está viva ou morta?

Calmamente o sábio olhou para a menina, sorriu e respondeu:

- Depende de ti. Ela está nas tuas mãos.

 

E assim é a nossa vida, o nosso presente e o nosso futuro.

Não devemos culpar ninguém quando as coisas correm mal. Somos os autores do livro da nossa vida.  Somos os responsáveis por aquilo que conquistamos (ou não).

O curso da nossa vida está nas nossas mãos, assim como a borboleta estava nas mãos da menina... só nós podemos decidir e escolher o que fazer com ela...

 



publicado por Sheila às 00:56
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