Quarta-feira, 2 de Setembro de 2009
O Rio que não gostava de mudar...

 

 

"Movimento significa contínua transformação, mudança, aprendizagem. Significa também evolução. Isso faz-me lembrar uma história sobre o sentido da vida. Ela diz que somos todos como um rio que vai descendo, procurando o melhor caminho. Podemos enganar-nos muitas vezes mas isso fará parte da aprendizagem e não da derrota.

Podemos sentir-nos cansados de tudo ou até deprimidos e querermos até desistir. Então, parados, transformamo-nos em lagos, para assim podermos provar que estamos sozinhos e que o universo em redor, com a sua mania de movimento e transformação, não nos diz respeito e tudo que se dane...

No entanto, começa a cair uma chuvinha irritante que termina fazendo-nos transbordar e lá vai o rio descendo novamente e seguindo caminho...

O rio, então, muda-se para um lugar onde não chove e ele possa continuar a sua reclusão em paz, onde ele possa sofrer sozinho sem ninguém para lhe dar lições de moral.

Mas acaba por descobrir que aos poucos está a transformar-se em vapor, subindo para o céu para se tornar uma nuvem. Ele até pensa em aproveitar e seguir como uma nuvem até o pólo sul, onde desceria como neve e ficaria como aquelas montanhas de gelo, solitárias e auto-suficientes.

Mas só de pensar no quanto teria de se transformar, desiste. Além do mais quem garante que até elas não evaporem mesmo com o sol fraco dos pólos?

O rio decide esconder-se numa caverna profunda, a mais profunda que houvesse, no centro do planeta, onde enfim pudesse ser um pequeno lago, eternamente tranquilo e sem ninguém a dar-lhe conselhos sobre evolução e transformação.

Foi um esforço tremendo. Teve primeiro que transformar-se em chuva e humedecer bem as rochas, depois penetrá-las e descer por dentro delas, tendo sempre que buscar reforço quando o calor ameaçava estragar tudo.

Pensou várias vezes em desistir mas aquilo era a sua única saída. Sabia que talvez levasse toda a vida para provar a sua tese mas valeria a pena.

Por fim terminou e conseguiu. Tornou-se lago no fundo da caverna mais profunda. Mostrou ao mundo que podia ficar deprimido e desistir de tudo, tinha esse direito de não querer seguir em frente, de não querer transformar-se. Então, completamente exausto, sorriu satisfeito e morreu.

E a morte veio saudar-lhe com todas as honras. Afinal, um rio que dedicou a sua vida inteira a transformar-se no lago mais distante da mais profunda caverna, e conseguiu, é mesmo um rio bem especial. Um rio que captou como nenhum outro que a evolução é o sentido da vida.

 

Tudo se transforma, cada um a seu modo, ainda que insista em não se transformar, porque somos a própria evolução."

 

 Desconheço o autor deste texto, mas reconheço o imenso fundo de verdade que este texto me revela e transmite. 

Relativamente ao DESAFIO publicado aqui e dado estar a ter uma semana terrível de trabalho, só no fim de semana é que irei divulgar os textos recebidos e comunicar o/a Vencedor(a).

Por isso e até Sábado podem ainda participar... xiiiimmm??

 

PS: Lamento andar ausente, mas este início de quadrimestre está a ser terrívelmente terrível... bolas!!!!!!  Bem e vou voltar ao trabalho snniiff...

 



publicado por Sheila às 23:38
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Sábado, 15 de Agosto de 2009
Aprendizagens II

 

 

O Carvalho e o Eucalipto 

 

 O carvalho e o eucalipto são duas espécies de árvores belíssimas, até muito parecidas em alguns aspectos, porém na sua essência, muito diferentes.

 

O carvalho é tão duro e tão resistente que, quando vem uma tempestade ele resiste até quebrar.

O carvalho é usado pelos botânicos e geólogos como um medidor de catástrofes naturais do ambiente. Quando querem saber o índice de temporais e tempestades ocorrentes numa determinada floresta eles observam logo o carvalho (existindo no local, é claro) que naturalmente é a árvore que mais absorve as consequências de tempestades e temporais. Quanto mais temporais e tempestades o carvalho enfrenta, mais forte ele fica! As suas raízes naturalmente se aprofundam mais na terra e seu caule torna-se mais robusto, sendo impossível uma tempestade arrancá-lo do solo ou derrubá-lo!

Mas não pensem que os cientistas precisam de fazer estas análises todas para saber isso! Basta apenas eles olharem para o carvalho. Devido a absorver as consequências das tempestades, a robusta árvore assume uma aparência disforme, como se realmente tivesse feito muita força, muitas vezes uma aparência triste!

Cada tempestade para um carvalho é mais um desafio a ser vencido e não uma ameaça! Numa grande tempestade muitas árvores são arrancadas mas o carvalho permanece firme!

 

Assim somos nós. Devemos tirar proveito das situações contrárias à nossa vida e ficarmos mais fortes! Um pouco marcados. Muitas vezes com a aparência abatida, mas fortes! Com raízes bem firmes e profundas na terra!

 

O eucalipto por sua vez, é flexível, maleável elegante até para bailar diante das tempestades, como um sábio que percebe que aquilo significa apenas alguns momentos rápidos necessários para sua bela e harmoniosa natureza.

 

Mas a diferença destas duas árvores no término da tempestade é extremamente danosa.

Se acontecer ao carvalho cair no chão, porque muitas vezes ele pode não resistir, só resta a morte, enquanto o eucalipto, com postura de vencedor, continuará com todas as honras no ciclo de vida naturalmente intacto.

 

Nós também fazemos parte da natureza, e quando tomamos uma atitude endurecida com a vida, não aceitando as experiências que vêm ao nosso encontro, com certeza sairemos magoados. Aceitar é libertar, é a forma mais inteligente e sábia de vivificarmos experiências, assim crescendo e aprendendo.

 

Todos os acontecimentos nos trazem grandes lições de sabedoria, desde é claro, que saibamos observar esses acontecimentos, tão necessários para toda nossa vida, que um dia fomos colocados aqui para experimentar.

 

Votos de um excelente Fim de Semana  



publicado por Sheila às 02:00
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