Há mulheres que querem que
o seu homem seja o Sol.
O meu quero-o nuvem.
na voz do seu homem.
O meu que seja calado e eu,
nele, guarde meus silêncios.
Para ser a minha voz quando
Deus me pedir contas.
No resto, que tenha medo
e me deixe ser mulher,
mesmo que nem sempre sua.
Que ele seja homem em breves doses
Que exista em marés, no simples
ciclo das águas e dos ventos.
E, vez em quando, seja mulher,
tanto quanto eu.
As suas mãos as quero firmes
quando me despir.
Mas ainda mais quero
que ele me saiba vestir.
Como se eu mesma me vestisse
e ele fosse a mão da vaidade.
Mia Couto
em Idades Cidades Divindades
“Na véspera de ti
eu era pouca
e sem
sintaxe
eu era um quase
uma parte
sem outra
um hiato
de mim.
No agora de ti
aconteço
tecida em ponto
cheio
um texto
com entrelinhas
e recheio:
um preciso corpo
um bastante sim.”
Maria Ester Maciel / Amor
Arrepiante de tão lindo que é este trecho!
Boa Semana!
"A única razão lógica para as pessoas falarem nas tuas costas é porque já estás à frente delas"
... ora aqui está uma grande verdade!!
Bom fim de semana!
Gosto de voar, de dar liberdade à imaginação, de sentir as rédeas da vida nas minhas mãos e projectar as minhas vontades, sonhos e desejos na ténue linha da minha realidade.
Comecei o ano a voar ligeiramente mais baixo do que é habitual.
Mas e mesmo mais em baixo não desisto do meu voo e não deixo de observar ou desejar o teu.
Como é bom voar devagar como um beijo que se dá sem a preocupação com o que está para além dele.
Um beijo ou um voo fazem parte da eterna sucessão do pousar e levantar, porque sempre existirá quem voa pelo simples prazer de o sentir, ou por gostar de contemplar as coisas de um modo diferente e mais pessoal.
Quando decido voar, o ar à minha volta confunde-se com a vontade e logo ali se forma um vórtice capaz de agitar o meu mundo. Nem sempre é a força que faz deslocar os objectos, ou que produz sentimentos, ou que despoleta paixões, ou desencadeia ilusões. Sem dúvida que a nossa vontade e determinação em voar é a nossa maior força.
Há dias que consigo voar mais alto do que é habitual em mim. Por vezes niguém repara, até porque a diferença não está no voo, está na altura em que se pratica o voo. Um voo em si é simples: impulso interior, agitação da vontade, um pouco de intensidade emocional, um pouco de leviandade e lá estamos nós no ar sem saber bem porquê. Quem voa não se apercebe da dificuldade que têm em voar aqueles que não sabem. É sempre bom superar as dificuldades ou sonhar em fazer qualquer coisa que saia do habitual.
Voar para quem voa é trivial. Voar para quem não voa é uma impotência muito íntima.
Há dias em que não consigo voar. Há pessoas que implicam com a possibilidade de voos. Pessoas demasiado agarradas à mesmisse de sempre, ao marasmo do conformismo. Talvez porque não sabem, ou porque não querem, ou porque não desejam, ou porque incomodam, ou porque, e para elas, voar é fútil, e caminhar é bem mais estável. E dou por mim a achar que caminhar é de facto aquilo que a maioria pratica. Afinal andar é só pôr um pé à frente do outro e depois seguir o movimento e praticar a rotina.
Voar é bem diferente! Além das asas da vontade, é preciso ter coragem.
É preciso ter os olhos bem abertos, porque o acto de voar só se consuma quando se consegue avistar o mundo de distinta feição.
Quem voa não se contenta em andar...
Quem voa gosta de voar...
... e de ver por onde voa.
Num voo não há limites... ou, pelo menos, não devia haver!
O tempo não sabe nada, o tempo não tem razão
O tempo nunca existiu, o tempo é nossa invenção
Se abandonarmos as horas não nos sentimos sós
Meu amor, o tempo somos nós
O espaço tem o volume da imaginação
Além do nosso horizonte existe outra dimensão
O espaço foi construído sem princípio nem fim
Meu amor, huuum, tu cabes dentro de mim
O meu tesouro és tu
Eternamente tu
Não há passos divergentes para quem se quer
Encontrar
A nossa história começa na total escuridão
Onde o mistério ultrapassa a nossa compreensão
A nossa história é o esforço para alcançar a luz
Meu amor, o impossível seduz
O meu tesouro és tu
Eternamente tu
Não há passos divergentes para quem se quer
Encontrar
O meu tesouro és tu
Eternamente tu
Eternamente tu...
Jorge Palma
Um viajante ia caminhando pelas margens de um grande rio.
O seu objectivo era chegar à outra margem.
Suspirou profundamente enquanto tentava fixar o olhar no horizonte.
A voz de um homem de idade, um barqueiro, quebrou o silêncio, oferecendo-se para transportá-lo.
O pequeno barco envelhecido era provido de dois remos de carvalho.
Logo os seus olhos perceberam o que pareciam ser letras em cada remo.
Ao colocar os pés dentro do barco o viajante observou que eram duas palavras. Num dos remos estava escrito Acreditar e no outro Agir.
Curioso, o viajante perguntou a razão daquelas palavras nos remos.
O barqueiro então pegou no remo chamado Acreditar e começou a remar. O barco começou a dar voltas sem sair do lugar em que estava. Em seguida, pegou no remo chamado Agir e começou a remar. Novamente o barco girou em sentido oposto, sem ir adiante.
Finalmente o velho barqueiro, segurando nos dois remos, remou com eles simultaneamente, e o barco, então, impulsionado por ambos os lados, navegou através das águas, chegando ao outro lado do rio.
Então, o barqueiro disse ao viajante:
— Este porto chama-se autoconfiança. É preciso Acreditar e também Agir para que possamos alcançá-lo.
... Continuação de boa semana!
E Paz às vitimas do Haiti e Coragem aos que sobreviveram e perderam entes queridos.
É possível entristecermo-nos por vários motivos ou por nenhum motivo aparente.
A tristeza pode ser por nós mesmos, pode vir de uma palavra ou de um gesto ou de uma dada situação. Quando ela aparece devemos esforçarmo-nos para recebê-la.
A tristeza não faz realmente bem à saúde, mas a introspecção é um recuo providencial, pois é quando silenciamos que melhor conversamos connosco próprios. E dessa conversa saiam lições, sinais, forças inesperadas, e a tristeza acaba também por sair, dando espaço a uma alegria nova e revitalizada. A tristeza é considerada uma anomalia do humor, uma doença contagiosa, que é melhor eliminar desde o primeiro sintoma.
Hoje acordei desmotivada, foi difícil sair da cama mesmo sabendo que um ténue sol se exibia lá fora e convidava-me a viver mais um dia. Hoje acordei desmotivada, foi com algum esforço que cumpri os rituais de sempre. Hoje não foi um dia como os outros, não encontrei energia nem para me sentir culpada pelo meu desanimo. A minha voz interior bem grita “anima-te!”... O meu subconsciente bem que me sussurra “- há muita gente que vive coisas graves”... mas a pouca energia desta manhã lá me empurrou a voltar a ser aquela que sempre fui... e a enfrentar a velha guerra de sempre, apesar do cansaço acumulado.
A verdade é que eu não acordei triste, mas assim fiquei durante o dia.
Apesar de triste, tudo está normal. Afinal ficar triste é um sentimento tão legítimo como ficar alegre. É um registo da nossa sensibilidade, que ora gargalha em grupo, ora busca o silêncio e a solidão. Estar triste não é estar deprimido. Estar triste é estar atento a si próprio, é estar desapontado com alguém, com vários ou consigo mesmo, é estar um pouco cansado de certas repetições, é descobrir-se frágil num dia qualquer, sem uma razão aparente, embora no meu caso, eu saiba bem a razão. As razões têm essa mania de serem discretas.
Há dias em que a tristeza aparece e não há medicamentos mágicos para camuflar a nossa introspecção e desanimo.
Mas se pensarmos bem, até que pode existir uma alegria inesperada na tristeza, e que vem do facto de ainda conseguirmos senti-la.. Sentir alimenta, sentir ensina, sentir aquieta. Sentir é um retiro. O sentir não pode ser escutado, apenas auscultado, e às vezes é bom sermos o nosso médico de serviço.
Sentir é um verbo que se conjuga para dentro ao contrário do fazer, que é conjugado para fora. A vida assenta nesta dualidade entre o sentir e o fazer.
Inicio aqui uma nova etapa da minha vida. Estou cansada de sentir que devia ter feito isto ou aquilo e hoje é o dia que impulsiona a mudança e a minha força no combate ao cansaço de muitas repetições que me magoam, me afectam e me deixam triste.
Vou refazer o meu Curriculum, redireccionar a minha tristeza no sentido de alcançar uma alegria nova e revitalizada. É disto que estou a precisar para que amanhã ao sair da cama possa ser eu a gritar à minha voz interior: “estou animada... e vou conseguir!”
Desejo-vos uma doce semana!
“Valorizo todos os amores... mas de entre todos o que mais vale... é o amor próprio...
Ele foi o meu primeiro e será o meu último amor...
Valorizo a vida como se a morte fosse um começo.
Valorizo os sonhos como se fossem estratégias.
Valorizo o hoje porque o amanha é incerto demais para ficar à espera...
Valorizo as minhas vontades porque aquele que não luta pelo que quer, não merece o que deseja, e aquele que não sabe o que quer, não merece o que tem...
Valorizo um olhar como se os olhos fossem reflexos da alma, mas nem sempre confio, pois já me enganei algumas vezes...
Valorizo atitudes como se as palavras não fizessem tanta diferença...
Valorizo um verdadeiro amigo porque sei que ele sempre me entenderá...
Valorizo os momentos que surgem do acaso como se soubessem que vou sempre lembrar-me deles...
Valorizo os obstáculos porque sei que vida os traz como forma de amadurecimento...
Valorizo o sol porque sei que é difícil estar sempre no lugar certo, na hora certa...
Valorizo o tempo como se soubesse que um segundo pode mudar o mundo...
Valorizo mais uma vez o tempo porque ele é a única coisa que eu não posso dizer que tenho.”
Se a cama ainda não vos recolheu, se os lençois ainda não vos aquecem, se as almofadas ainda não vos aconchegam e antes que o sono vos embale, deixo o meu desejo sincero de uma noite tranquila e de um fim de semana sereno, feliz e quentinho.
Nunca se larga sem dor o que se possui com amor. A distância traz saudades mas nunca o esquecimento e o melhor lenço para uma lágrima é o sorriso de quem se ama...
Informação meteorológica do meu coração: precipitação de saudades, distribuição de beijos por toda a região facial e com fortes rajadas de carinho e beijos
Quando a saudade apertar, procura no céu a estrela mais brilhante... ela será o meu olhar.
Não quero ser na tua vida o inicio do fim, nem o fim de um começo, mas um inicio de um começo sem fim...
Mesmo tendo o mundo como caneta, o universo como papel, nunca teria espaço suficiente para escrever o quanto és especial para mim!
A noite cai lenta, formando um brilho mágico que nos envolve num manto de leves e delicadas estrelas que iluminam o meu caminho até ti para te dar um BEIJINHO DOCE
Quando 2 pessoas se amam, não se dominam, nem se submetem….apenas se completam!
Nunca esqueças: Toda a noite, tem um dia... Todo o tema, uma poesia... Toda a ida, uma volta.. Toda a partida, um regresso... Todo o limite.. um além.. Todo o erro, uma chance.. E quando pensares que tudo terminou... existe um recomeço. Não importa porque parou... O que importa é recomeçar e renovar a esperança na vida!!
Apesar da chuva e dos ventos fortes encontro-me em tour pelo Norte de Portugal. Neste momento em pleno Gerês, que apesar de chuvoso está bastante ameno com uns "deliciosos" 16º de temperatura lá fora. Aqui no apartamento de hoje, estamos mais quentinhos com todo o aquecimento ligado lol
Amanhã já começamos a descer, para que dia 30 já esteja em Coimbra e a tempo de preparar a entrada no novo ano que está já ai à porta.
Quero com calma fazer um balanço de 2009 e acima de tudo traçar objectivos para 2010. Essencialmente 2010 terá que ser um ano de viragem profissional. O ano em que ganho coragem e abro mão do comodismo profissional dos últimos dois anos. Cansei-me de dar o máximo, de vestir a camisola, de receber elogios. Assisto a mudanças que não me agradam e mesmo fazendo um esforço não consigo deixar de me sentir magoada com as alterações dos últimos dias: saida de colegas, entrada de outros a ganhar muito mais que os restantes... e com responsabilidades que não se comparam. Tenho amigos que me dizem que devo ter juizo... que não é de bom senso pensar em trocar uma empresa estável pelo desconhecido. Estou nesta empresa faço agora em Janeiro 12 anos já, há dois anos que me mantenho num comodismo que começa a chatear-me e é hora de arriscar e de pelo menos fazer tentativas de mudança. 2010 será um ano de mudanças, ou pelo menos eu assim o desejo e com a forma e optimismo que me carateriza vou concerteza conseguir!
"De Tudo Ficam Três Coisas:
A certeza de estarmos sempre começando
A certeza de que é preciso continuar
E a certeza de que podemos ser interrompidos antes de terminarmos.
Portanto:
Fazer da interrupção um caminho novo,
Da queda um passo de dança,
Do medo uma escada,
Do sonho uma ponte,
Da procura um encontro."
Deixo muitos Beijinhos Doces e este video com uma mensagem lindissima
Não me canso de dizer que a vida é feita de momentos...
Tenho andado ausente e tenho imensa pena, mas esta última semana foi para esquecer.
O ritmo tem sido alucinante... demasiado trabalho, demasiadas horas na empresa e pela noite dentro, e demasiado stress no cumprimento de deadlines... Ando numa ansiedade (quase infantil) para que chegue o Natal... a Inês também mas por outros motivos completamente diferentes lol. Anseio sobretudo por fazer uma paragem de ritmo, de reunir a família e os amigos, de esquecer por uns dias a desmotivação que tenho sentido a nível profissional.. Optimismo é obrigatório! Mesmo!
Como sou bem disposta por natureza e em jeito de época de Natal aqui deixo momentos especiais. Uns pertencentes a um passado mais longínquo, outros mais recentes, mas todos reflexo de boa disposição, sintonia e alegria partilhada.
Natal de 2003 - A Inês ia a caminho dos 2 aninhos e neste Natal deu as chupetas ao Pai Natal... eu ainda "jogava" na equipa dos (v)intes! Saudades...
Natal 2008 - a Inês não tinha os dentes da frente LOL
Natal 2009 - a Inês cada vez mais crescida e eu a ficar mais velha lol
E para terminar nós...
... desejamos a todos um Feliz Natal, com muita saúde, bem estar familiar, harmonia, tranquilidade, amor e amizade...
e que no vosso sapatinho encontrem o que mais desejem.
Beijinhos Doces
Hoje e enquanto ajudava a minha filha a fazer os trabalhos de casa, achei engraçada a dúvida dela em relação à seguinte questão: Os sinais de trânsito são importantes? Porquê?
Na estrada, assim como na vida somos regularmente confrontados com sinais ao longo do nosso percurso. São avisos que vão surgindo para que tenhamos atenção e tomemos decisões. Uns são informativos mas também podem indicar perigo ou proibição.
Se na estrada as regras e sinais são bem conhecidos e por isso a sua interpretação é simples, já na vida não existe nenhum código que nos decifre os sinais e por isso cabe a cada um de nós tentar ler ou estar bem atento ao que esses sinais podem significar...
Atender aos sinais da vida é uma decisão individual porque o seu significado resulta de uma leitura pessoal. Não existem multas nem penas como acontece na estrada mas continuam a existir riscos para o caso de não lhes darmos a importância certa. Sejam eles pequenos ou grandes, os riscos são quase sempre difíceis de antecipar e só mesmo a vida nos pode vir mostrar o verdadeiro sentido de cada um deles com o passar do tempo.
Há que permanecer alerta para os sinais mas sem viver obcecado por eles.
Há que deixar a vida fluir mas sem desprezar os sinais.
Há que os interpretar mas sem entrar em excessos enganadores.
Há que viver e ao mesmo tempo saber conviver com os sinais.
Na estrada da minha vida os sinais que me forem aparecendo serão sempre informativos dos comportamento e regras pessoais a seguir nas rectas ou curvas que me aparecerem ao longo de cada percurso...
Desejo-vos uma Excelente Semana!
Uma mulher entra no cinema, sozinha. Acomoda-se na última fila. Desliga o telemóvel e espera o início do filme. Enquanto isso, outra mulher entra na mesma sala e acomoda-se na quinta fila, sozinha também. O filme começa.
Charada: qual das duas está mais sozinha?
Só uma delas está realmente sozinha: a que não tem um amor, a que não está com a vida preenchida de afectos. Já a outra foi ao cinema sozinha, mas não está só, mesmo numa situação idêntica à da outra mulher. Ela tem uma família, ela tem alguém, ela tem um “álibi”.
Muitas mulheres já viveram isso - e homens também. Uma pessoa viaja sozinha, almoça sozinha em restaurantes, mas não se sente só porque é apenas uma contingência do momento - há alguém à sua espera em casa. Esta retaguarda alivia a sensação de solidão. Um pessoa está sozinha, mas não é sozinha!
Então de repente perde-se o amor e a sensação de solidão muda completamente. Uma pessoa pode continuar a fazer tudo o que fazia antes - sozinha - mas agora a solidão pesará como nunca pesou. Agora ela não é mais uma opção, é um fardo.
Isso não é nenhuma raridade, e acontece vezes demais. A nossa percepção de solidão infelizmente ainda depende do nosso status social. Quando se tem alguém, encara-se a vida sem preconceitos, expõe-se sem se preocupar com o que pensam os outros, lida-se com a solidão com maturidade e bom humor. No entanto, se uma pessoa carrega o estigma de solitária, a sua solidão triplicará de tamanho, ela não será algo fácil de levar, como uma bolsa. Ela será uma cruz de chumbo. É como se todos pudessem ver as ausências que se carregam, como se todos apontassem na sua direcção: ela está sozinha no cinema por falta de companhia! Por que ninguém aponta para a outra, que está igualmente sozinha?
Porque ninguém está, de facto, apontando para nenhuma das duas. Quem aponta somos nós mesmos, para o nosso próprio umbigo. Somos nós que nos cobramos, somos nós que nos julgamos. Ninguém está sozinho quando curte a própria companhia, porém somos reféns das convenções, e quando estamos sós, a nossa solidão parece piscar uma luz vermelha chamando a atenção de todos. Relaxe. A solidão é invisível. Só é percebida por dentro.
Martha Medeiros
A palavra rotina é uma daquelas palavras que assusta muito boa gente. Para mim a rotina é algo que, em certas coisas, me dá segurança e me faz sentir preenchida. Se aplicarmos a rotina a coisas, objectos ou situações acabamos por olhar para a palavra 'rotina' de uma forma completamente diferente lol.
Se não, vejamos: O início é a rotina do final, a escolha é a rotina do gosto, a rotina do espelho é o oposto. A rotina da mão é o toque, a rotina do perfume é a lembrança, a rotina da boca é o desejo e a batida é a rotina do coração.
ABC das minhas Rotinas
A de acordar, de almoçar, de água, de agenda, de amor e amizade, de aprender
B de boa disposição, de blog, de bolachas, de beijos
C de conduzir, de café, de chocolate, de cereais, de conversar, de comer, de correr, de cozinhar, de cansaço
D de decisões, de despesas, de duches rápidos, de desejos, de dormir, de dúvidas, de desafios
E de escrever, de experiências, de emails, de escolhas, de emoções, de educar
F de fumar, de falar, de fotos, de familia
G de gargalhadas, de guloseimas, de gostar de viver
H de horas extra de trabalho,
I de iogurte liquido, de internet, de ideias
J de jantar, de jornais
L de livros, de lareira, de lembranças, de lugares
M de M&Ms ao lanche, de música, de msn, de mimar e de mimos
N de noticias, da natureza à minha volta, de namorar
O de olás matinais, de outlook, de ouvir determinadas músicas
P de pentear o cabelo, de papeis sobre a minha mesa, de perfumes, de prazeres mundanos, de planos futuros, de preocupações, de preguiças
Q de quebrar tarefas rotineiras, de quase tudo e quase nada
R de rir, de reuniões, de revistas, de roupas
S de semáforos, de sumol de ananás ao almoço, de sofá ao fim do dia, de skype, de sonhar, de stress, de saudades
T de trabalho, de telemóvel, de trânsito, de televisão , de tarefas, de troca de ideias
U de ultrapassar dificuldades
V de vicios bons, de vaidades
X de xixi (llooll)
Z de zelo, de zangas por vezes
A rotina do caminho é a direcção
A rotina do destino é a certeza
Toda a rotina tem a sua beleza!
Bom resto de semana
... fecha os olhos e adivinha... quanto é que eu gosto de ti....
"A vida é cheia de términos e novos começos.
A cada curva há algo que nos desafia,
seja o novo, formidável, ou simplesmente o familiar.
O que para uns é uma montanha intransponível,
para outros um desafio a vencer.
O que se torna sombrio para alguns
ainda permanece iluminado para outros.
Os optimistas vêem o caminho à frente,
os pessimistas ficam tão ocupados
em olhar para trás que não conseguem
ver a solução bem diante deles.
Se ficarmos segurando a corda
que nos arrasta para trás
não teremos mãos livres
para agarrar a corda que nos
puxa para frente."
Já observaste a atitude dos pássaros diante das adversidades?
Ficam dias e dias fazendo o seu ninho, recolhendo materiais, às vezes trazidos de locais bem distantes... E quando já ele está pronto e estão preparados para pôr os ovos, as inclemências do tempo ou a acção do ser humano ou de algum animal destrói o que com tanto esforço se conseguiu...
O que faz o pássaro?
Pára, abandona a tarefa?
De maneira nenhuma. Começa, uma outra vez, até que no ninho apareçam os primeiros ovos. Muitas vezes, antes que nasçam os filhotes, um animal, uma criança, uma tormenta, volta a destruir o ninho, mas agora com seu precioso conteúdo...
Dói recomeçar do zero... Mas ainda assim o pássaro jamais emudece, nem retrocede, segue cantando e construindo, construindo e cantando...
Já sentiste que a tua vida, o teu trabalho, a tua família, os teus amigos não são o que sonhaste? Tens vontade de dizer basta, não vale a pena o esforço, isto é demasiado para mim?
Podes estar cansado de recomeçar, do desgaste da luta diária, da confiança traída, das metas não alcançadas quando estavas a ponto de conseguir? Mesmo que a vida te golpeie mais uma vez, o importante é que a vontade de continuar em frente prevaleça e para isso é necessário que sejas perseverante e fiel a tudo em que acreditas!
A vida é um desafio constante, mas vale a pena aceitá-lo.
E sobretudo... mesmo em desafino há que continuar a cantar!
"A Definição mais simples e exacta sobre o sentido de mantermos uma relação?
"Uma relação tem que servir para tornar a vida dos dois mais fácil"
Vou dar continuidade a esta afirmação porque o assunto é bom, e merece ser desenvolvido.
Algumas pessoas mantém relações para se sentirem integradas na sociedade, para provarem a si mesmas que são capazes de ser amadas, para evitar a solidão, por dinheiro ou por preguiça. Todos fadados à frustração. Uma armadilha.
Uma relação tem que servir para você se sentir 100% à vontade com outra pessoa, à vontade para concordar com ela e discordar dela, para ter sexo sem não-me-toques ou para cair no sono logo após o jantar.
Uma relação tem que servir para você ter com quem ir ao cinema de mãos dadas, para ter alguém que instale o som novo, enquanto você prepara uma omelete, para ter alguém com quem viajar para um país distante, para ter alguém com quem ficar em silêncio, sem que nenhum dos dois se incomode com isso.
Uma relação tem que servir para, às vezes, estimular você a se produzir, e, quase sempre, estimular você a ser do jeito que é, de cara lavada uma pessoa bonita a seu modo.
Uma relação tem que servir para um e outro se sentirem amparados nas suas inquietações, para ensinar a confiar, a respeitar as diferenças que há entre as pessoas, e deve servir para fazer os dois se divertirem demais, mesmo em casa, principalmente em casa.
Uma relação tem que servir para cobrir as despesas um do outro num momento de aperto, e cobrir as dores um do outro num momento de melancolia, e cobrirem o corpo um do outro, quando o cobertor cair.
Um acompanhar o outro no médico, para um perdoar as fraquezas do outro, para um abrir a garrafa de vinho e para o outro abrir o jogo, e para os dois abrirem-se para o mundo, cientes de que o mundo não se resume aos dois."
Dr. Drauzio Varela
"Liderar é a arte de construir relacionamentos com valores nobres e sobre bases sólidas!"
Dizem que para o amor chegar não há dia...
Não há hora...
E nem momento marcado para acontecer.
Ele vem de repente e se instala...
No mais sensível dos nossos órgãos... o Coração.
Começo a acreditar que sim...
Mas percebo também que pelo facto deste momento...
Não ser determinado pelas pessoas...
Quando chega, quase sempre os sintomas são arrebatadores...
Vira tudo às avessas e a bagunça feliz se faz instalada.
Quando duas almas se encontram o que realça primeiro...
Não é a aparência física, mas a semelhança das almas.
Elas se compreendem e sentem falta uma da outra....
Se entristecem por não terem se encontrado antes...
Afinal tudo poderia ser tão diferente.
No entanto sabem que o caminho é este...
E que não haverá retorno para as suas pretensões.
É como se elas falassem além das palavras...
Entendessem a tristeza do outro, a alegria e o desejo...
Mesmo estando em lugares diferentes.
Quando almas afins se entrelaçam...
Passam a sentir saudade uma da outra...
Em um processo contínuo de reaproximação...
Até a consumação.
Almas que se encontram podem sofrer bastante também,
Pois muitas vezes tais encontros acontecem...
Em momentos onde não mais podem extravasar...
Toda a plenitude do amor...
Que carregam, toda a alegria de amar...
E de querer compartilhar a vida com o outro,
Toda a emoção contida à espera do encontro final.
Desejam coisas que se tornam quase impossíveis,
Mas que são tão simples de viver.
Como ver o pôr-do-sol...
Ou de caminhar por uma estrada com lindas árvores...
Ver a noite chegar...
Ir ao cinema e comer pipocas...
Rir e brincar...
Brigar às vezes,
Mas fazer as pazes com um jeitinho muito especial.
Amar e amar, muitas vezes...
Sabendo que logo depois poderão estar juntas de novo...
Sem que a despedida se faça presente.
Porém muitas vezes elas se encontram em um tempo...
E em um espaço diferente...
Do que suas realidades possam permitir.
Mas depois que se encontram...
Ficam marcadas ... tatuadas...
E ainda que nunca venham a caminhar para sempre juntas...
Elas jamais conseguirão se separar...
E o mais importante ...
Terão de se encontrar em algum lugar.
Almas que se encontram jamais se sentirão sozinhas...
Porquanto entenderão, por si só, a infinita necessidade...
Que têm uma da outra para toda a eternidade.
Paulo Fuentes
"O homem tenta vencer o tempo,
mas, não consegue escapar da realidade.
O relógio da vida é obrigatório,
para toda e qualquer idade..."
O milésimo de segundo é como a infância,
tempos de ser criança,
passa despercebido e ligeiro,
pois o período é passageiro.
O segundo é como a adolescência,
não é tão rápido, nem tão devagar.
É a época de aproveitar e
de pensar em namorar.
O minuto é como o processo adulto
espaço de tempo oculto,
que passa veloz e rapidamente
Cabe-nos viver a vida intensamente!
A velhice é como a hora,
todos sabem o que vem agora.
A qualquer momento podemos ir embora.
Tic Tac... Tic Tac... é quase fim de semana
DIVIRTAM-SE!
Sem qualquer sombra de dúvida que é impossível antecipar o que amanhã pensaremos daquilo que hoje fazemos. Sabemos de antemão que no futuro poderemos olhar com outros olhos para tudo o que vivemos hoje.
Hoje temos uma melhor percepção e distinguimos no passado tudo aquilo que na altura nos era impossível vislumbrar. O passar do tempo e o afastamento das situações permite-nos fazer uma análise, de uma forma mais madura, sobre muito do que já vivemos. O facto de conhecermos as consequências das nossas decisões, opções e dúvidas também nos ajuda a ter uma nova visão sobre aquilo que aconteceu.
Todos vivemos alegrias e tristezas que perderam entretanto a sua intensidade. Muitas das nossas vivências transformaram-se em memórias longínquas. Assumimos certezas que acabaram por se revelar perfeitos enganos. Fizemos apostas e escolhas que foram perdas de tempo. Reconhecemos enganos que afinal não passaram de simples mal-entendidos. Lembramos azares que hoje parecem ser uma sorte. Tomámos decisões que foram erros de análise. Cometemos falhas que hoje vemos que afinal não o eram...
Certas coisas do nosso passado ganham hoje um novo brilho, enquanto que outras estão sujeitas a perder parte da magia que as caracterizava. Estou certa que haverá algumas que vão manter a sua imagem, porque há coisas na nossa vida de que não nos arrependemos, até porque arrependimento hoje é sinónimo que não vivemos determinadas situações como deviamos ter vivido.
No entanto, hoje não podemos ter a pretensão de querer compreender inteiramente aquilo que vivemos, por isso resta-nos sentir e viver o presente, acima de tudo o hoje!
“Todos nós atravessamos o presente de olhos vendados. No máximo, conseguimos pressentir e adivinhar aquilo que estamos a viver. Só mais tarde, quando se desata a venda e examinamos o passado é que nos apercebemos daquilo que vivemos e compreendemos o seu sentido.”
Milan Kundera in “O livro dos amores risíveis”
Será possível perdoar e esquecer ou simplesmente perdoamos mas não nos esquecemos?
E quantas vezes queremos esquecer mas isso torna-se tão dificil e por isso não conseguimos sequer perdoar?
Perdoar é um acto assumido e consciente. Esquecer não é um acto que empreendemos, mas uma aprendizagem que gradualmente vamos deixando o coração alcançar. Esquecer depende de nós, não é algo afirmado, tem de ser sentido e acreditado e leva o seu tempo. Chegamos à conclusão que perdoamos quando conseguimos esquecer o que nos magoou, quando sentimos apagadas as marcas deixadas. Perdoar pode verbalizar o esquecer. Perdoar alguém é sossegar essa pessoa como que a dizer-lhe que já esquecemos, independentemente de o termos conseguido ou não, e independentemente de querermos esquecer ou não. Quantas vezes até perdoamos com o sentido convicto que isso será a via mais fácil para esquecermos e perdoamos convictos que acreditamos que de facto já esquecemos o que aconteceu. Mas nem sempre é assim e quantas vezes queremos perdoar mas a impotência de não conseguirmos esquecer o que nos magoa e desilude é mais forte que o nosso desejo!
No fundo todos temos a capacidade de perdoar, mas com a mesma intensidade temos a incapacidade de esquecer. Mas perdoar pode também ser o primeiro passo para esquecer, precisamente porque significa que tomamos consciência que queremos de facto esquecer, seguir em frente e tentar recuperar tempo perdido com mágoa, tristeza ou desilusão.
Há ainda mais dois tipos de situações: É bom perdoar sem esquecer! Por mais que queiramos perdoar para evitar conflitos sem sentido é necessário não querermos esquecer tudo o que aconteceu para que o aviso fique marcado em nós e não voltemos a passar pela mesma situação no futuro. Neste caso não se esquece mas desvaloriza-se o que nos magoou.
E há também a situação de querer esquecer sem perdoar. Por vezes as pessoas a quem poderíamos perdoar não nos merecem essa atenção, e queremos simplesmente esquecer o que aconteceu porque também as marcas que poderiam ficar deixam assim de ter significado para nós. Neste caso passa a imperar o afastamento e toda uma rotina se altera nesse mesmo sentido.
Em suma, acho que esquecer é geralmente mais difícil do que perdoar, porque leva mais tempo e depende sobretudo dos nossos sentimentos e da nossa capacidade de ultrapassar e conseguir sarar as feridas que determinado acontecimento provocou em nós. Não tenho dúvidas que o primeiro passo será querermos perdoar, querermos retomar algo que nos é devolvido com esse perdão. É preferível empreender o nosso esforço em esquecer o que nos magoou do que deixar prevalecer em nós a memória de determinado acontecimento que nos feriu e desiludiu. Um passo importante (e que poderá dar um outro post de divagação) é o acto de conseguir-se perdoar a si próprio também. E todo o processo de “perdão” iniciar-se-á a partir desta capacidade pessoal.
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