Paciência a conta gotas...

Naturalmente que todos nós temos em mente que por vezes a nossa paciência tem limites... quase como uma simples gota que pode fazer o copo transbordar. Há alturas que chegamos ao limite, alturas em que a mais pequena gota vai ultrapassar o limite que o copo consegue aguentar sem transbordar. Gota a gota o copo vai enchendo e é essa última gota que vai provocar alguns estragos em torno do copo... a paciência esgotou e o copo transborda!
Se mantivermos a nossa cabeça minimamente fria e tranquila, vai ser mais simples acomodar cada gota que faz transbordar a nossa paciência por muito quente que ela venha. Podemos tentar minimizar os estragos se mantivermos a cabeça fria, se evitarmos reagir a quente e se esperarmos pelo arrefecimento para reagir e incorporar as tais gotas que mexem connosco. Pelo menos asseguramos que apenas vai transbordar uma quantidade mínima de água...
Infelizmente isto não é assim tão simples. Cada gota que surge e que ameaça cair sobre a nossa cabeça provoca em nós um impulso de reacção enorme. Temos de fazer um esforço para não entrar em ebulição porque não vai adiantar de nada. Às vezes a ameaça é apenas isso: uma ameaça; e a gota nunca chega a cair. E mesmo que venha a cair é bem melhor que a nossa cabeça esteja fria e tranquila, talvez mesmo preparada para tomar controlo sobre qualquer situação, de forma a minimizar os estragos à nossa volta, em especial os que nos podem vir a afectar.
A conta gotas vamos aprendendo a lidar melhor, aprendendo a não reagir a quente, aprendendo a não dar demasiada importância, aprendendo a esperar para que a água esteja tranquila e a uma temperatura agradável para a fazer sair do copo sem que nos queime, sem que nos magoe, sem que nos afecte.
Paciência é necessária, vão existir sempre novas gotas que nos escapam à preparação e ao controlo, só temos é de ir tentando que cada vez seja menor o número dessas gotas que nos queimam e que provocam grandes perturbações em torno do copo... em torno de nós!
De
Marta M a 27 de Janeiro de 2010 às 18:26
Katy:
Muito bem descrito esse mecanismo de incorporação sábia das gotas que vão nos caindo em cima.
És mestre em colocar em palavras simples sentimentos que, uma vez por outra, todos experimentamos.
Também tenho feito a minha parte nessa aprendizagem de ir encaixando gotas e transbordando o copo sem o partir ;)
Abraço
Marta M
De
Sheila a 29 de Janeiro de 2010 às 00:38
Olá Querida Marta
É sem dúvida uma aprendizagem constante, mas é giro vermos as nossas reacções de hoje a determinadas situações e compararmos com uma reacção que sabemos q teríamos há uns anos atrás... é nestas situações que vemos o quanto crescemos e evoluimos.
Grande beijo para ti amiga

De
MIGUXA a 28 de Janeiro de 2010 às 17:36
Sheila,
Minha querida ,
Tens toda a razão mas, de facto nem sempre é fácil controlar a "gota", especialmente se for a que
põe em causa a estabilidade emocional...
Beijinhos doces
Margarida
De
Sheila a 29 de Janeiro de 2010 às 00:43
Querida Miguxa do meu coração :)
A "gota" que faz transbordar a nossa estabilidade emocional é a maior das professoras na nossa vida, e que muitas vezes nos ajuda a gerir aquelas "gotas" que vão caindo e só a nós cabe ver se há espaço para elas no copo da nossa vida :)
Beijinhos doces com muito carinho
Sheila
De comunicadoras a 28 de Janeiro de 2010 às 20:44
O meu copo agora transborda muito menos vezes; já sou capaz de deixar que a cabeça esfrie e depois acomodar todas as gotas com calma; antigamente, quando era mais nosa, com o meu caracter impulsovo e frontal muitas vezes o copo tranbordava; continuo a ser frontal, continuo a nãso ser capaz de fingir, de dizer uma coisa e pensar outro, só que a idade me fez ser mais assertiva; já consigo mostrar a minha frontalidade e sinceridade sem magoar, esperando pela altura mais conveniente, escolhendo melhor a maneira como vou falar. Isto precisa de aprendizado que só a maturidade consegue. Um beijinho e cuidado com as gotas!!!
Emília
De
Sheila a 29 de Janeiro de 2010 às 00:48
Olá Emília :)
Adorei ler o teu comentário. Encaixo-me no teu perfil e por mais que ache que a minha sinceridade e frontalidade só me tragam "problemas", continuo a praticá-las na minha vida, porque acima de tudo só assim é que consigo ser eu mesma.
Hoje e olhando-me há 10 anos atrás sem dúvida que sou menos impulsiva e reactiva, pese embora que há situações em que temos mesmo que reagir, faz parte da nossa essência e temos que defender aquilo em que acreditamos.
Vou conseguindo gerir as minhas "gotas" nem que para isso em vez de um copo tenha de usar uma daquelas jarras grandes e com maior capacidade de "acomodação". Obrigado pelo teu apoio
Beijinho grande para ti amiga
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