Há quem diga que falar de nós próprios é subjectivismo ou vontade de protagonismo.
Sinceramente acho que falar de mim, das minhas experiências, dos meus desejos, medos e alegrias , é dar-me a conhecer, é partilhar o que sinto com mais alguém, é sermos nós próprios e demonstrar que não temos receio de ser quem somos com todas as nossas vicissitudes. Acho que o mesmo acontece quando alguém se partilha connosco. Sempre gostei de coisas simples, sem grandes floreados, de pessoas simples, humildes, sem tendências para grandes protagonismos.
Gosto de falar com quem quer que seja, de me relacionar, gosto de uma boa conversa, de gargalhadas e de tirar prazer daquelas pequenas coisas, e tão elementares da vida, como as brincadeiras, como as piadas, de até tropeçar nas brincadeiras dos outros e com isso rir ou fazer alguém sorrir.
Para mim a simplicidade pronuncia-se através de pequenos momentos como aquele em que a lareira me acompanha nas noites frias de Inverno, ou simplesmente passear à beira mar, sentir a brisa fresca que sacode os meus cabelos, em molhar os pés no vaivém das ondas, em deitar-me sobre a relva fresca num dia de Primavera e fechar os olhos e ouvir a vida em meu redor, em ter momentos de silêncio apenas meus sem ninguém por perto, em conduzir sem destino e parar onde me apetecer, em sentir o cheiro a terra molhada, a mar, a pão ainda quente...
Há de facto prazeres que dão sentido à vida, que nos dão alento, momentos de felicidade plena e cumplicidade com o que de bom a vida nos proporciona,
Há também momentos de derrotas pessoais, mas também de vitórias individuais e por vezes secretas que só nós conseguimos sentir.
Ontem, e depois de uma manhã intensa de karting e de um belíssimo almoço com amigos, o meu sofá saiu vitorioso e levou-me a uma entrega absoluta de momentos de leitura, descanso e dolce faire niente, mas ontem foi um dia importante para mim: comemorei uma vitória pessoal ao fazer um ano em que ultrapassei a pior situação da minha vida. Um problema pessoal, que durava há três anos e que só parou porque não aguentei mais, porque o admiti e decidi lutar contra ele. Poucos amigos pessoais sabem deste problema. Não o ocultei ou não o dividi com mais pessoas, porque há coisas que nos deixam tão em baixo que assumirmos o problema é já por si parte da força que precisamos para ultrapassar e conseguir dar a volta por cima.
Há, no entanto, um amigo que prezo muito, o primeiro a quem contei e que me ajudou muito. Dado o seu “alto status” sempre pensei que se afastasse, ou me passasse a desprezar, mas foi o que me ajudou naquele momento, que criou as condições necessárias na partida para uma possível resolução. Apesar de não nos vermos frequentemente e termos vidas bastante diferentes, bastou enviar-lhe uma sms a dizer: doce amigo, passou um ano! A resposta foi quase imediata: “tenho a firme convicção que vai ser para sempre...”. Um ano passado, em que me sinto orgulhosa de mim mesma, que quero comemorar 12 meses vitoriosos e que me dão tanta esperança e me fazem acreditar que quando queremos muito uma coisa, a nossa vontade é superior a qualquer vício!
Um dia prometo publicar um post e falar do mau que é o vício do jogo!
Desejo uma Óptima Semana :)
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