É-me difícil definir quando a dado momento estamos num sítio qualquer e desligamos do Mundo. Acontece-me imensas vezes ir a conduzir, e se for um caminho rotineiro e já aprendido, esquecer-me do que me rodeia. Parece que ligo o piloto automático dos meus pensamentos e passam a ser eles a companhia de viagem. O curioso é que o caminho faz-se porque chego ao destino pretendido, na maioria das vezes.
É nestes momentos de introspecção que debato voluntariamente as minhas teorias, os meus problemas e os últimos acontecimentos e o pensamento fluí como que por magia. Parece que às vezes só assim consigo arquivar ou arrumar os pensamentos que bailam na minha mente. Parece que a nossa memória fragmenta as situações, as pessoas, os sentimentos e vivências daquele e de outros dias numa apresentação de powerpoint, e em que por vezes conseguimos até definir a visibilidade de todos os slides.
A dado momento até conseguimos voltar à realidade, quando paramos numa fila e olhamos para os carros na fila do lado, ou quando nos passa um carro à frente que nos vinha a tentar ultrapassar... e não deixo de pensar que é incrível esta façanha aventureira de alguns condutores para passarem à frente nem que seja de um só carro.
Preciso destes momentos de pausa mental. Preciso deste tempo que passa em mim, em que tudo se sente e muda, e o que fica é a pureza que não se desmente com o rolar dos ponteiros. É nestes momentos que gosto de ficar “só”, pois o tempo que aparenta ser perdido, é tempo ganho na certeza e auto-satisfação de o sentir meu!
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