Um sonho é aquele que é sonhado durante o nosso sono, mas é também tudo aquilo que ambicionamos acordados de forma consciente.
Enquanto dormimos não temos qualquer controlo sobre os nossos sonhos, porque sonhamos sem conseguirmos decidir o que se passa nesse sonho, assim como não conseguimos sequer decidir parar de sonhar ou alterar o que estamos a sonhar. Se estivermos a sonhar algo de muito mau, temos que passar pela experiência e habitualmente quando acordamos não tivemos um sonho mas sim um pesadelo. É habitual acordarmos e não termos qualquer recordação do sonho em si, e ficarmos apenas com uma vaga lembrança do que sonhámos, pequenos fragmentos que ficam guardados na nossa memória.
Já o que ambicionamos é um acto consciente em que sonhamos acordados, em que traçamos planos e quanto mais impossíveis nos parecem esses planos mais vontade temos de lhes chamar sonhos. É curioso que aqui temos controlo sobre o que sonhamos, podemos escolher o que faz parte do nosso sonho e tudo fazemos para que estes sonhos sejam sempre bons.
Raramente as coisas más são sonhadas conscientemente, essas deixamos para as nossas angústias, para os nossos medos, para as nossas desconfianças e indecisões... mas nunca para os nossos sonhos. Também não creio que existam pesadelos sonhados conscientemente, os únicos pesadelos que temos enquanto estamos acordados são efectivamente as coisas más que vivemos, os problemas que nos aparecem sem os chamarmos, e isso nada tem a ver com o sonho!
É giro que, e habitualmente, quando nos despedimos de alguém à noite desejamos quase sempre "bons sonhos" a essa pessoa, porque conscientemente sabemos que ela vai ser incapaz de controlar os seus sonhos. Quando sentimos alguém a sonhar acordado, não precisamos de lhe desejar “bons sonhos” pois sabemos que os seus sonhos vão ser, com toda a certeza, excelentes sonhos!
Desejo sempre “Sonhos Doces” e parafraseando Paulo Coelho, “O Mundo está nas mãos daqueles que tem coragem de sonhar e correr o risco de viver os seus SONHOS"!
“Problemas não são obstáculos,
mas oportunidades ímpares de superação e evolução.”
Maurício Rodrigues de Morais
Todos temos uma força, uma verdadeira força que vem da nossa capacidade de lidar com os obstáculos que nos chegam no dia-a-dia, que quando ultrapassados nos torna mais fortes.
Acima de tudo temos que respeitar os obstáculos e depois temos de encontrar dentro de nós a força e a confiança para os conseguir ultrapassar. Só assim é que nos permitimos recuperar a nossa serenidade, a nossa paz e o nosso sorriso.
Há que saber usar da imaginação e da inteligência, porque os obstáculos da vida têm que ser ultrapassados não pela força física ou confrontação, mas sim pela paciência, pela confiança, pela dedicação, com muito empenhamento e paixão pelo que fazemos e acreditamos.
É com imenso prazer que um dia podemos olhar para trás e ver que conseguimos ultrapassar os obstáculos que antes nos assustavam e afligiam, ao mesmo tempo que sentimos o nosso sorriso mais presente e a nossa paz de espírito regressar.
É com o regresso do nosso sorriso que nos sentimos mais fortes, bem mais confiantes e mais felizes. Só desta forma é que nos preparamos para novos obstáculos e só desta forma é que conseguimos a tão desejada serenidade e força interior para os continuarmos a conseguir transpôr.
Obstáculos, dificuldades, erros ou problemas fazem parte da vida. Que a nossa força de viver seja a arte de conseguir superá-los...
"Tamerlão, um poderoso rei assírio dos séculos passados, era um soberano muito cheio de si e cônscio das deferências de que se julgava credor por parte de todos os súbditos.
Ele tinha uma particularidade física notável: um grande e monstruoso nariz, o que muito o aborrecia!
Por isso, jamais tinha-se deixado retratar.
Quando, porém, já estava velho, seu filho e sucessor, preocupado com a possível ausência da efígie do pai na galeria real, tanto instou que conseguiu dele a anuência em se deixar retratar. O monarca estabeleceu uma condição: só aceitaria o retrato, como sua estampa oficial, se encontrasse um artista que o pintasse a contento (naquele tempo os retratos eram feitos por pintores), e os artistas que não o agradassem seriam executados, conforme era tradição.
Aceite a condição, editais foram espalhados por todo o reino, convocando os artistas para a importante e temerária tarefa.
Não obstante o risco, três se apresentaram, para tentar o que seria a suprema obra de suas vidas, justamente os três melhores mestres da arte pictórica do reino.
O primeiro retratou o monarca tal e qual, com o narigão deformado e tudo. O rei, vendo o quadro acabado, embora admirando o génio artístico, enfureceu-se com a figura horrenda e mandou decapitar o infeliz artista.
Veio o segundo e, temeroso, pintou o rei também fielmente, com excepção do aberrante apêndice nasal, em cujo lugar colocou irrepreensível nariz.
O soberano, sentindo-se ridicularizado, assinou igualmente a pena capital do segundo, sem comiseração.
Chegou, então, a vez do terceiro, o qual, habilidoso, conhecendo a paixão do rei pela caça, retratou-o portando uma carabina, a atirar numa raposa.
E a coronha da arma tapava-lhe justamente o nariz.
Vendo o resultado do trabalho, o monarca sorriu satisfeito e recompensou-o generosamente.
A lenda serve para ilustrar as três atitudes mais comuns em relação à verdade: A primeira é a franqueza rude, contundente, que não hesita em expor toda a realidade dos factos, doa a quem doer. Os partidários dessa atitude podem revelar o mérito da coragem e do desinteresse, mas tiram nota zero em relações humanas.
A segunda é a hipocrisia interesseira. Os deste grupo podem revelar inteligência e ingenuidade para distorcer os factos a fim de agradar aqueles a quem desejam conquistar.
A terceira, a ideal, é a dos partidários do que podemos chamar de "verdade construtiva", evidenciando o que é útil, edificante, e desfocando os aspectos menos agradáveis da vida do próximo.
Peçamos a Deus que nos ensine a todos a grande ciência da convivência pacífica e solidária, de modo a que a nossa verdade não seja nem bisturi impiedoso que fere indiscriminadamente, nem a lantejoula da lisonja que bajula por fins escusos.
Sejamos os discípulos do bem, que evitam focalizar as falhas, trabalhando discretamente por suprimi-las."
Se a vida fosse um livro, podia dividi-la em capítulos. Num primeiro esquisso pensava logo em dividir a vida em capítulos de acordo com as etapas tradicionais; o nascimento, a infância, a adolescência, a vida adulta, o começar a trabalhar, o casamento, os filhos, as etapas do crescimento dos filhos, os netos, a velhice e a morte...
Além destas etapas, acho contudo que existem muitas outras que podemos encontrar na nossa vida. Estou mesmo certa que existem acontecimentos na nossa vida que mereciam só por si um capítulo autónomo. Acontecimentos que surgem e claramente marcam etapas bem distintas no nosso percurso de vida!
Há mudanças que marcam etapas de vida: uma mudança de casa faz-nos transportar para novos espaços do nosso quotidiano, faz-nos re-inventar e mudar o cenário da nossa rotina e durante algum tempo vivemos com uma nova disposição dos objectos pessoais que usamos diariamente e adoptamos uma nova rotina face à disposição do novo espaço. O simples facto de mudarmos de emprego, implica também e quase sempre uma mudança de hábitos e ambientes, um conhecimento de novas pessoas, uma mudança nas tarefas diárias, nos percursos e nas relacções. Um novo relaccionamento, seja ele de amizade, amor ou simplesmente profissional marca sempre a nossa vida como um início de uma nova etapa. De alguma forma, qualquer mudança ou alteração faz-nos aprender sempre coisas novas e faz-nos crescer.
Um acidente ou uma doença podem também marcar uma etapa, porque nos marca para a vida, fisicamente ou psicologicamente ou de ambas as formas, e porque nos faz encarar a vida de modo diferente, porque é normal que passemos a dar um valor diferente às coisas, às pessoas, às situações e às atitudes que nos rodeiam.
Uma grande desilusão com algo ou até mesmo com alguém, faz-nos repensar a forma como acreditamos e confiamos no mundo que nos rodeia, abrindo a porta a uma nova fase na nossa vida.
A morte de alguém que nos é próximo, deixa-nos saudades pela sua ausência forçada e permanente, e isso pode ser o início de um novo período, uma nova etapa em que re-aprendemos a viver sem aquela pessoa.
Estes acontecimentos podem de facto marcar a nossa vida, no momento em que acontecem fazem-no sem dúvida nenhuma. Mas é com o passar do tempo, quando olhamos para trás, que conseguimos identificar quais destes acontecimentos foram realmente marcantes na nossa vida e nos provocaram uma alteração na forma de estar na vida. É nessa altura que damos valor ao que aconteceu e sentimos que se a nossa vida fosse um livro então estaria ali um novo capítulo.
Por mais negativo e cinzento que possa ser um capítulo ou um determinado momento, haverá sempre novos capítulos plenos de novas oportunidades, e novos acontecimentos para podermos viver momentos felizes.
A diferença entre o livro e a vida, é que o autor depois de escrever um episódio pode apagar ou alterar o que escreveu, mas na vida os episódios que vivemos não podem ser eliminados e passam a fazer parte integrante da nossa memória. Temos que os aceitar e seguir em frente. Para isso precisamos de um optimismo realista, que nos permita acreditar que conseguimos viver momentos felizes sem deixar de respeitar e aceitar os obstáculos que sabemos que nos vão aparecer pela frente.
A vida não é um rascunho que se passa mais tarde a limpo num novo caderno.
Verdadeiramente importante é conseguir manter o prazer de escrever o livro da nossa vida.
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