É o país que nós temos…
A VERGONHA DAS “NOVAS OPORTUNIDADES” !!!
Estatisticamente Portugal é dos paises mais bem qualificados, mas é só na teoria na prática continuamos com uma taxa elevada de ignorância! Num país de igualdades uns estudam outros faz de conta que estudam, no final somos todos Dr’s e Engº’s…
…. o ego da ministra deve estar no seu auge!
!!!!Viva ao facilitismos!!!!! vamos mas é deixar de estudar e vamos para as novas oportunidades
É mais uma história de sucesso do Programa Novas Oportunidades, o tal programa tão elogiado pelo primeiro-ministro. Um programa que conduzirá Portugal ao primeiro lugar mundial nas estatísticas sobre Educação. Agora, ficamos a saber que Pedro Póvoa, atleta de Taekwondo, vai entrar em Medicina sem nunca ter posto os pés numa escola secundária. Desta forma, o Governo manda uma mensagem a todos os jovens portugueses: não é preciso estudar Biologia nem Química para entrar em Medicina. Nem é preciso frequentar o ensino secundário durante 3 anos. Bastam 6 meses no Novas Oportunidades. E a Ordem dos Médicos fica calada? Está revoltado? Não vale a pena revoltar-se. Não queira ser apelidado de ‘pessimista de serviço’!
Já se sabia que o Novas Oportunidades está a dar diplomas do ensino secundário à velocidade da luz. Ficamos agora a saber que há quem veja nele o caminho mais curto para ser médico. Já tinhamos engenheiros civis sem Matemática e Física do secundário, economistas sem Matemática e linguistas sem Latim. Agora passamos a ter médicos que tiraram o 12º ano em 6 meses. Estudar Biologia? Para quê? Química? Não é preciso! Matemática? É chato!
Por falar em Torre Eiffel e depois de ver o blog do Pedro (Dias úteis), não é que bateu uma saudade... uma melancolia... um recuar no tempo e na lembrança.
Faz em Maio um ano que estive quatro dias em Paris e três dias na Disney... foram as primeiras férias em que esqueci totalmente os stresses e as preocupações laborais. Uma semana de férias em pleno, em que andei quilómetros, em que fiquei fascinada com os lugares que visitei e com a magia vivida em muitos deles. Momentos que deixam muita saudade, mas que nos incitam a viajar ainda mais e nos deixam a sede de conhecer mais lugares ainda.
Aqui ficam alguns momentos de saudade gravados para sempre na minha memória e eternizados em fotografias e longas horas de filmagens.
Paris:
Disney
"Se todos fizessem o que eu já fiz, éramos campeões do Mundo".
Esta frase de Cristiano Ronaldo, proferida antes do jogo com a Suécia (0-0), caiu mal na selecção nacional. O www.correiomanha.pt/noticia.aspx apurou que os ‘pesos-pesados’ (casos de Deco, Simão, Ricardo Carvalho e Pepe), com participações em Europeus e Mundiais, foram os que menos gostaram de ouvir o capitão da equipa fazer tal afirmação para tentar desarmar os que o criticam por render mais no M. United do que na selecção. "
Sempre que vejo um jogo de Portugal sou forçada a dizer que o Cristiano Ronaldo pode ser muito bom no Manchester, mas na Selecção Nacional continua a deixar muito a desejar!
E é este o melhor jogador do Mundo?
Não me lixem...e um pouco mais de humildade não lhe fazia nada mal!
O titulo, assim a seco, é um pouco perturbador... eu confesso que não me deixa perturbada, mas deixa-me a pensar na evolução negativa deste conceito...
Deixo-vos com breves parágrafos do artigo:
"Quer um amigo? Alugue um! O Contrato pode ser por duas ou várias horas ou até mesmo para um fim de semana. «Personal Friend», o conceito, nasceu nos EUA, está a fazer sucesso no Brasil, e promete chegar, em breve, à Europa. O profissional faz o mesmo que um acompanhante de luxo, à excepção de sexo, com a mais-valia de muitos outros serviços.
Pode requerer companhia para uma ida ao teatro, para um passeio, para uma conversa, uma viagem, ou simplesmente, para levar o carro à oficina ou uma opinião masculina numa tarde de compras.
Nasceu no Rio de Janeiro... Formado em Economia, actualmente é um dos acompanhantes mais requisitados no Brasil, tendo já uma carteira fixa de clientes. "O meu serviço é o de acompanhante. A Amizade Verdadeira é uma conquista e essa é de graça" explica. "Tudo começou com a paixão pela dança. Fiz alguns trabalhos de coreografia e era constantemente convidado para sair, para dançar, com mulheres do meio artístico que não tinham companhia e que queriam apenas alguém com quem passar uma noite divertida, sem sexo. Os convites aumentavam e fui seleccionando os que me interessavam... Algumas vezes, as solicitações resumiam-se a idas a concertos, jantares, teatros ou mesmo caminhadas. Percebi que esta faceta poderia ser uma via profissional... Mantive as minhas actividades profissionais no ramo imobiliário, continuei a dar aulas de dança e a fazer coreografia, e passei também a fazer serviços de "personal friend"»
70% do seu rendimento advém deste serviço. Por uma hora cobra, no minimo, 17€. Mas os seus serviços podem ser muito mais rentáveis... se for contratado por um fim de semana que obrigue a deslocações, estas são suportadas pela pessoa que contrata e o preço e o pagamento é feito antes do dia da partida. "Há dias regressei de uma estadia no Chile, onde fui acompanhante durante uma viagem de negócios."
A solidão pode ser uma falsa questão para quem contrata um "amigo". Há pessoas que não estão necessariamente sozinhas, mas num determinado período pretendem apenas uma saída a dois com um estranho, para poderem falar de tudo sem a obrigatoriedade de terem de voltar a ver a pessoa no dia seguinte.
António não conseguiu limitar de forma muito clara o seu target. Mas assegura que a maioria se trata de "mulheres bem sucedidas". "Sou contratado por mulheres de várias idades, que estão à frente do seu tempo, são pessoas felizes e inteligentes. São pessoas que notam que o "apoio" de um amigo para as mais diversas ocasiões é benéfico. Podem achar que estas mulheres têm dificuldade em fazer amizades, mas quem toma a atitude de me ligar e contrata os meus serviços é uma pessoa aberta e segura e que quer ser mais feliz. Por vezes falamos de assuntos mais profundos e essa partilha de conhecimentos é sempre enriquecedora para ambos os lados."
A outra face deste negócio... a cliente:
Fábia é uma cliente assídua de António. Aos 32 anos e depois de uma separação, estava cansada de saídas e de amizades que pretendiam ser algo mais. "De início foi muito estranho estar com um desconhecido, mas depois ele deixou-me à vontade. Fomos jantar e acabámos a noite numa pista de dança. Acabei por voltar a contrata-lo para um fim de semana onde era preciso fazer arrumações, porque desde que me separei, nunca mais lá tinha ido. Hoje em dia aluguo-o sempre que preciso de alguém para levar o carro à ofícina ou para ir fazer manutenção na casa. Nunca senti que tivesse problemas de solidão ou de falta de amigos, simplesmente a descoberta deste serviço foi importante, numa altura em que estava sem namorado e sentia que os homens que se aproximavam de mim queriam mais do que uma amizade. Gosto da companhia do António, divirto-me quando saio com ele, quer seja para ir às compras, tratar dos pneus do carro, um jantar mais formal ou uma ida ao cinema."
in revista "HAPPY" de Abril.
E vocês o que acham deste novo conceito de "amizade-aluga-se"?
Há sonhos
dos quais
não me apetece
acordar...
Os olhos fecham-se.
a mente vagueia...
sugere loucuras,
alimenta o desejo...
Que desejo tão forte
que ânsia tão grande
o teu corpo e o meu
unidos num só...
ali!
Um mestre do oriente viu quando um escorpião se estava afogar e decidiu tirá-lo da água,
mas quando o fez o escorpião picou-o.
Pela reação e dor, o mestre soltou-o e o animal caiu de novo na água e estava afogar-se
de novo.
O mestre tentou tirá-lo e foi novamente picado pelo animal.
Alguém que estava a observar, aproximou-se do mestre e disse-lhe: "Desculpe-me, mas você é teimoso!
Não entende que todas as vezes que tentar tirá-lo da água ele irá picá-lo?
O mestre respondeu:"A natureza do escorpião é picar, e isto não vai mudar a minha, que é ajudar".
Então, com a ajuda de uma folha o mestre tirou o escorpião da água e salvou-lhe a vida.
Moral da história:
Não mudes a tua natureza se alguém te fizer algum mal; apenas toma precauções.
Alguns perseguem a felicidade, outros criam-na!
Preocupa-te mais com a tua consciência do que com a tua reputação.
Porque a tua consciência é o que tu és, a tua reputação é o que os outros pensam de ti.
E o que os outros pensam, é problema deles!
A vida é uma viagem
e o mais importante dessa viagem
são as pessoas que conhecemos pelo caminho!
Sem dúvida que os Amigos são um tesouro precioso e valioso!
Este desafio foi passado pela azuldoceu Adorei Querida Amiga :)
As regras são:
Escrever uma lista com oito coisas que sonhamos fazer antes de morrer.
Convidar "oito" parceiros de blogs amigos para responder também.
Comentar no blog de quem vos convidou.
Comentar no blog dos nossos(as)convidados(as) para que saibam do mimo.
E os 8 nomeados são:
Pessoalmente tenho vindo a cumprir o meu maior sonho que é o de ser feliz. Podia morrer hoje que morreria feliz. Conquistei o maior dos meus sonhos o Amor! Amo muito e sou amada, tudo o resto se traduz em desejos... Por isso os tais "8 sonhos" que aqui deixo devem ser vistos mais como desejos que tenho interiormente...
1. Acompanhar a minha filha e continuar a ter orgulho nela. desejo que saiba sempre ser feliz e que a sua estrelinha a acompanhe sempre ao longo da sua vida
2. Perder o medo de ter uma doença qualquer, ou ter a força suficiente para ultrapassar alguma que me apareça.
3. Não perder aqueles que mais amo na vida
4. Ter outro filho
5. Fazer amor num balão de ar quente... lá bem no alto
6. viajar muito ainda, conhecer muitos dos sitios que me fascinam
7. ter um jipe
8. continuar a merecer a admiração e o carinho que os meus amigos têm por mim
.........ups e esqueci-me de uma coisa, ainda vou acrescentar... vou a tempo não vou? Adorava aprender Linguagem Gestual... para já vou aprendendo pela Inês, que no colégio tem essa disciplina, mas adorava mesmo aprender e conseguir comunicar com outras pessoas desta forma!
Achei o relógio do Sapo tão lindo que não resisto a publicá-lo aqui lol
Digam lá que não é um must....
... e não se esqueçam de adiantar uma hora a partir da 1 da manhã...
Passa a ser tão bom sair do trabalho e sentir que temos mais horas úteis para aproveitar... O meu relógio do carro passa a estar actualizado (sim anda desde o ano passado com uma hora a mais e já sobressaltou muito pessoal amigo lolol)
Vivam os dias grandes... sabem mesmo bem :)
Acabei de chegar do almoço. Parei na tabacaria habitual para comprar tabaco para o fim de semana e não pude deixar de reparar nos destaques das revistas... quase todas orientadas ainda para o trágico desaparecimento do pequeno Diogo, de 4 anos, sobrinho do mediático jogador Simão Sabrosa. Inevitavelmente vou acompanhado o assunto, já li a mesma história contada de diversas formas e algumas apontam para a falta de cuidado ou de demasiada tranquilidade demonstradas naquela tarde soalheira de Março. Mas enfim escrevo estas linhas, não para me focar ou apontar ou apurar a culpa... porque não vale a pena... o azar e o infortúnio bateu à porta de mais uma familia, como infelizmente acontece diariamente a tantas outras mas esta mereceu outro destaque e mesmo sem termos voto na matéria somos impelidos a acompanhar o seu desenvolvimento. Alguém ouviu mais alguma coisa do caso do bébé que morreu esquecido numa viatura em Aveiro?
Infelizmente tive um episódio na minha vida pessoal que queria partilhar e mostrar que às vezes não é por sermos irresponsáveis ou demasiado tranquilos ou permissivos que evitamos cometer erros... infortúnios irremediáveis!
Sempre que o tempo permite gosto de estender a minha tarde, após o trabalho, e aproveitar os últimos raios de sol numa esplanada. No ano passado cumpri este percurso religiosamente... ia buscar a Inês à escola por volta das 18h e lá iamos nós para o Parque Verde aqui em Coimbra. Ela ia para o parque infantil e eu ficava a vê-la da esplanada mesmo ao lado do parque. Num desses finais de tarde, encontrei-me lá com a Madrinha da Inês... já muito perto do final da tarde a Inês vem ter connosco à esplanada acompanhada de uma menina e da sua respectiva mamã!. Pediu-me se podia ir a correr até ali ao fundo... (aliás deixem-me situar-vos: temos uma esplanada, em frente desta temos o parque infantil e uns 10 metros depois do parque um urso gigante... e uns 20 metros para trás do urso está a ponte pedonal que liga as duas margens do rio... o nosso angulo de visão é por isso frontal até aqui... ficamos sem visibilidade a partir da ponde pedonal que se estende para a frente 100 metros até ao Pavilhão de Portugal, o último edíficio que se destaca deste parque, também conhecido como o espaço das "docas" )... é mais ou menos isto:
.... assumi que o ir até ali ao fundo fosse até ao urso, dar a volta a este e regressar... até porque lhe tinha dito que tinhamos que ir embora. A mãe da menina disse-me que iria a correr com elas... eu assenti com a cabeça e lá partiram felizes pelo percurso traçado.
Como mãe atenta que sou... vi a Inês a correr... por momentos perdi-a do meu radar de visão, dado ter passado por trás do Urso... dei mais ao menos aqueles segundos e aguardei o regresso... não passaram mais que 2 minutos e dou o alerta à Madrinha da Inês que já tinham tido tempo de dar a volta para trás... Ficámos ali uns segundos a pensar que possivelmente tinham ido mesmo até junto da entrada da ponte pedonal e dai a demora no regresso pelo qual os nossos olhos tanto ansiavam... Nada!
Por impulso levantei-me, preocupada mas ainda com alguma calma e comecei a andar na direcção que elas tinham seguido... passei o parque infantil, passei o urso, passei a ponte pedonal, olhei em frente e apercebi-me que não via a minha filha, aliás não se via viv'alma! Fiquei aflita! Entrei em pânico... só pensava está ali mesmo a entrada para o parque de estacionamento... já a meteram num carro... perdi a minha filha.... e pior é que eu permiti.... que tinha acabdo de consentir que tal me estivesse acontecer! Quanto mais andava, mais aflita e impotente me sentia... cheguei a pensar que mal conseguia identificar aquela mulher, aquela outra criança... apenas na memória tinha o facto da menina usar uma t-shirt da Assoc. Acreditar... nada mais! A Madrinha da Inês a meu pedido voltou para trás, podia-se ter dado algum desencontro e seria importante que alguém permanecesse na esplanada. Andei muitos e muitos metros como louca, com o coração em pânico, nem sei neste momento descrever o que senti naqueles minutos... acho que os piores minutos de toda a minha vida! Respirei de alivio quando ao longe vejo 2 crianças a brincar com uma senhora... não foi preciso muito para reconhecer a minha filha. Na altura não demonstrei áquela mulher o pânico em que segundos antes tinha tomado o meu corpo, a minha cabeça, o meu coração, mas apenas umas semanas depois. Hoje encontramo-nos regularmente, jantamos quase todas as semanas juntos, partilhamos momentos mágicos nos nossos lares.... mas tudo poderia ter sido tão diferente! Meu Deus como neste momento podia fazer parte de mais uma familia destroçada... não quero nem imaginar!
Isto para vos dizer que não sou uma pessoa irresponsável, ou pouco atenta ou demasiado relaxada... mas por fracções de segundos não medi qualquer consequência, não vi mal algum em ter dado o OK GO à minha filha... ainda hoje sinto um misto de remorso, de raiva pelo meu acto irreflectido e impotência no sentido de não ter calculado esse risco! No risco em que insensatamente coloquei a vida da minha filha!
Olhando para trás posso hoje esboçar um sorriso de tranquilidade. Agradecer ao meu anjinho da guarda e tirar deste triste episódio uma grande lição de vida!
Poder-se-ia comparar uma relação amorosa a uma conta bancária.
Às vezes, investimos em alguém e o saldo é positivo. Chega mesmo a dar juros.
Outras vezes, depositamos tudo numa pessoa e o saldo é negativo. Poupamos para ver render e o que colhemos são apenas dívidas, que o outro nos deixou no coração, por pagar.
Muitas vezes, a conta flutua. Certos dias, os movimentos são positivos, outros dias negativos. Temos que pedir empréstimo para salvar em conjunto o que vai mal ou então simplesmente ficar no linear da poupança.
Quando chegam os dias de crise, as contas ficam congeladas e assim ficam também as relações, mas nem todas. Alguns casais não desistem à primeira dívida e unem esforços para ultrapassar a crise.
Nos dias de hoje, em que as pessoas se sentem sedentas de afecto, adere-se ao sobreconsumo e investe-se naquilo que se poderá pagar só daqui a uns meses, aposta-se nos gastos imediatos sem pensar nos juros dos empréstimos que ficarão para o futuro.
Nas relações amorosas, não deveria haver cartões de crédito nem de débito. Talvez um simples mealheiro bastasse, um mealheiro onde todos os dias pudéssemos juntar pequenos tostões de afectos que, mais tarde, se revertessem num amor-o-milhões…
A Vida é efémera como uma gota...
«Seja o que for que decidires viver, não o viverás apenas uma vez, mas milhares de vezes, ao recordá-lo para o resto da tua vida.»
«Uma alteração ínfima leva-nos a um amanhã absolutamente diferente.»
Richard Bach
Não resisti a publicar!
Que saudades do meu tempo de estudante!
Embora seja de Coimbra, tirei o meu curso no Porto.
A Queima de Coimbra tem tradição e é das mais faladas de Portugal.
Mas a do Porto é bem mais descontraída... muito curtida também!
Aiii... saudades daquela borga saudável lol
de excelentes noitadas, da Ribeira do Porto, dos bares, das barraquinhas!
E pronto... resume-se a isso mesmo Saudade! Lembranças! Muitas Fotos! Belas Amizades!
E agora lá vou eu para casa... embalada pelas minhas recordações de menina estudante...
... tempos únicos e que nunca mais voltam!
O Sol está abrasador
à minha frente
a brisa fresca do mar
e o meu pensamento
continua preso a ti.
Fumo um cigarro
mas acabou...
Como espero ter acabado
o tempo desta tua
prolongada ausência.
Que saudades!
Agora...
o meu coração questiona-se...
Será que também
sentiste a minha falta?
Será que sentiste o mesmo?
O mesmo que eu senti
quando estive tão longe de ti,
de tudo aquilo que nos cerca
e que nos une?
Tenho medo!
E afinal, nem sei de quê!
Talvez de uma outra desilusão.
Não! Não! Não!
Não me fazias isso...
Mas, e mesmo pensado assim,
continuo a ter medo.
Medo de já não seres o mesmo,
medo de te perder, de já não
sentires o mesmo por mim.
E a saudade aperta cada vez mais!
No meu pensamento,
nasce outra interrogação:
- Onde estarás neste momento?
Estás longe e ao mesmo tempo
tão perto!
Ontem,
na praia,
à noite,
a lua cheia iluminava o mar.
Tudo estava tão calmo.
Sentia-me sozinha.
E o meu pensamento estava
e continua preso a ti.
O mar estava bravo
e pareceu-me revoltado.
Chorei!
Chorei com o mar,
chorei a tua ausência com o mar!
Depois de ter chorado,
senti-me novamente segura
para enfrentar de novo a solidão,
a tua ausência que rodeava
o meu pensamento.
Volta depressa.
Volta para mim.
Se não...
se na tua cabeça
não houver espaço para mim...
não voltes!
Eu não ia aguentar!
Amo-te demais!
(Praia do Cabelo/ F.Foz, Setembro 1991)
Escrevi este texto, no meu caderno de memórias, em 1991. O contexto inseriu-se num período de férias que passei longe da pessoa com quem namorava na altura. É engraçado lermos o nosso estado de espírito em determinadas alturas da nossa vida...
Com orgulho posso dizer que os meus medos não passaram disso mesmo, de medos! Que após 18 anos deste estado de espírito, o namorado na altura é hoje marido, continuamos juntos e que de facto constato que os nossos sentimentos continuam em sintonia, mas sem medos, sem ausências e ainda com muito espaço e amor para partilhar!
Obrigado por continuares a ser o meu porto de abrigo!
Um dos meus vicios diários é a leitura. Por mês consigo devorar 2 a 3 livros... e é algo do qual não abdico. Preciso mesmo deste miminho diário. É rara a noite que me deito e não leio pelo menos por uns minutos. Há dias que não é fácil conseguir, dado o cansaço e o peso de me levantar cedo no dia seguinte... ou dali a umas horas para ser mais precisa!. Sou noctívaga por natureza, sempre me deitei tarde e dormi pouco e é complicado contrariar a minha essência :)
Por isso vou aproveitar aqui o meu cantinho para deixar algumas passagens e tecer alguns comentários pessoais a alguns livros que por boas ou más razões merecem ser destacados. Este post vai ser longo, mas valerá a pena perderem alguns minutos do vosso tempo a lê-lo. Infelizmente em pleno séc. XXI a história descrita é lamentavelmente verdadeira.
Inicio neste meu cantinho um espaço literário com a seguinte obra:
SULTANA
A vida de uma princesa árabe
by Jean P. Sasson
Sob o pseudónimo de "Sultana", uma princesa saudita - da casa real Al Saud - aceitou, arriscando a vida, relatar à jornalista e escritora norte-americana Jean P. Sasson todos os horrores, tragédias e humilhações a que, no limiar do século XXI, continuam a ser submetidas as mulheres nas sociedades mais retrógadas do mundo árabe. Utilizando nomes diferentes e alterando certos pormenores de alguns acontecimentos para proteger as pessoas envolvidas, "Sultana" descreve neste impressionante testemunho a incrível multiplicidade de actos tirânicos e bárbaros ditados por um obscurantismo implacável que promove a poligamia, dá ao homem o poder de castigar cruelmente qualquer mulher e incentiva os casamentos forçados, as mutilações e a violência sexual, as execuções por apedrejamento ou afogamento...
A viver na realidade do Reino da Arábia Saudita, Sultana, descendente directa do rei Abdul Aziz, viveu na pele a infelicidade de ter nascido mulher, uma vez que os filhos varões eram muito desejados. A sua própria mãe vivia cada gravidez aterrorizada, rezando sempre para que o fruto que carregava no ventre fosse um filho macho.
Apesar do Corão ter uma “palavra amiga” para com as mulheres, não há nada que os homens não façam nem tenham feito, na terra da Sultana, para assegurar o nascimento de uma prole masculina e não feminina. O valor de uma criança na Arábia Saudita ainda é medido pela ausência ou presença do órgão reprodutor masculino. Por exemplo, na Arábia Saudita, o orgulho da honra de um homem tem por base as suas mulheres, como tal, têm que fortalecer a sua autoridade e supervisão relativamente à sexualidade das suas mulheres ou, então, enfrentar a vergonha pública. Convencidos de que as mulheres não têm controlo sobre os seus próprios desejos sexuais, torna-se, assim, essencial que o homem guarde cuidadosamente a sexualidade da mulher. Este total controlo nada tem a ver com amor, mas com o medo de que a honra masculina seja denegrida.
A autoridade de um homem saudita não tem limites, a sobrevivência da sua família depende exclusivamente da sua vontade. “Na nossa casa ele é a autoridade máxima.”
Todos os rapazes são ensinados, desde muito novos, que as mulheres pouco valem, que existem apenas para seu conforto e conveniência. “As mulheres do meu país são ignoradas pelos seus pais, desprezadas pelos irmãos e maltratadas pelos maridos. Este círculo é difícil de quebrar, pois os homens que impõem esta vida às mulheres garantem a própria infelicidade conjugal.” As mulheres vivem momentos de tristeza e angústia, mas, acredito que os homens não conseguirão ser felizes no meio de tanta infelicidade. Apesar de procurarem sucessivos casamentos, ao tratarem as mulheres como escravas, como propriedade sua, os homens acabam por ser tão infelizes como as mulheres que dominam. Eles próprios tornam o amor e o verdadeiro companheirismo inacessível a ambos os sexos. Eles nem se apercebem que a felicidade pode estar perto, no seu próprio lar, com a sua própria mulher.
“A história das nossas mulheres está enterrada por detrás do véu negro do secretismo. Nem o nosso nascimento, nem o nosso falecimento fica lavrado em qualquer registo oficial. Embora o nascimento de filhos varões seja documentado em registos familiares ou tribais, o das raparigas não consta em lado nenhum. A emoção que vulgarmente se exprime diante do nascimento de uma menina é a de desgosto ou vergonha.”
Na história apresentada, a princesa árabe, fez questão de descrever a forma como as mulheres se devem apresentar em público e conta que na Arábia Saudita, o aparecimento da primeira menstruação significa que é chegada a hora de escolher o primeiro véu e abaaya com o maior dos cuidados. Assistimos, assim, a uma realidade de menina tornada mulher. Entra na loja menina e sai transformada em mulher, velada, a partir desse dia. A vida das jovens moças muda em fracções de segundos.
A mulher muçulmana deve cobrir-se com um lenço e manter a sua cabeça e peito velados. No entanto, esse lenço ou véu não poderá ser de um tecido transparente que permita aparecer o seu cabelo. O véu tem como objectivo cobrir os pontos de beleza da mulher. No entanto, o uso do véu torna a mulher árabe tentadora e desejável.
Na Arábia Saudita, a escolha de uma rapariga para um casamento é determinada por vários factores, de entre os quais se destacam: o apelido da família, a fortuna da mesma, a perfeição física da moça e a sua beleza. E a escolha do noivo, apesar de ser feita pelo pai da moça, é tido em conta a posição social e a riqueza do “candidato”, não importando a idade, pode até ser mais velho que o próprio pai da rapariga!
Notem estamos a falar de crianças meninas com 12 anos que são obrigadas a casar com homens de 70 anos! Algo que para nós europeus é bárbaro e completamente revoltante!
Um homem chega a ter até 4 esposas, constituindo e suportando financeiramente 4 familias distintas.
Algumas passagens do texto que me marcaram e que me fazem dar Graças a Deus por ser europeia.
"Por volta dos meus doze anos, o meu pai tornara-se uma pessoa extremamente rica. Apesar da sua abastança, era um dos al-Saud menos gastadores. Mas construiu a cada uma das suas 4 familias palácios em Riade, Jeda, Taif e Espanha. Os palácios eram exactamente iguais uns aos outros em cada cidade, do tom das carpetes ao mobiliário escolhido. O meu pai detestava as mudanças e queria ter a sensação de estar na mesma casa mesmo quando se deslocava de avião de cidade em cidade. Lembro-me de o ouvir ordenar à minha mãe que comprasse tudo igual para todas elas, incluindo a roupa interior das crianças. Não queria que a familia se desse ao trabalho de fazer malas. Eu achava esquisito, sempre que entrava no meu quarto em Jeda ou Riade, encontrar roupas idênticas penduradas em guarda-fatos iguais. Os meus livros e brinquedos eram comprados aos quatro sendo cada um colocado em cada palácio. A minha mãe raramente se queixava, mas quando o meu pai comprou quatro Porsches para o meu irmão Ali, que na altura tinha só catorze anos, não pode deixar de barafustar que era uma vergonha... mas quando se tratava de Ali (o filho varão) não se olhava a despesas."
"Sara, a minha irmã preferida... usava o véu desde que fora menstruada (aos 14 anos). O véu relegara-a para o anonimato e em breve deixara de falar nos seus sonhos de infância de grandes feitos. A sua notável beleza tornara-se uma maldição, pois muitos homens tinham ouvido falar dela através das suas mães e irmãs e agora desejavam desposá-la. Sara desejava estudar arte em Itália e ser a primeira pessoa a abrir uma galeria de arte em Jeda. Foi com enorme tristeza que vim a saber que os sonhos de Sara jamais se concretizariam. Ainda que seja verdade que a maioria dos casamentos na minha terra é orientada pelas mulheres mais velhas da familia, na minha, quem tomava todo este tipo de decisões era o meu pai. Este decidira, fazia muito tempo, que a sua filha mais bonita casaria com um homem de elevada situação social e riqueza. O homem que ele escolhera para desposar a sua filha mais desejável era um membro de uma familia de comerciantes de Jeda com inegável influência financeira na nossa familia. O noivo fora eleito em vista exclusiva de negócios passados e futuros. Tinha 62 anos de idade. Sara seria a sua terceira esposa!"
"Normalmente o meu pai vinha até à nossa villa de 15 em 15 dias. Os homens que cultivam o islamismo e têm 4 mulheres, distribuem equitativamente as suas noites, de maneira a que cada esposa e respectivos filhos desfrutem de um período de tempo igual".
O casamento de Sara: "Não tardou que o meu pai e o noivo aparecessem. Eu sabia que este era muito mais velho que o meu pai, no entanto a primeira visão que tive dele foi decididamente revoltante. Imaginá-lo tocar na minha irmã, tão sensível, fez-me encolher. O noivo esboçava um sorriso de esguelha ao levantar o véu da minha irmã. O medicamento tornara esta demasiado entorpecida para reagir, fazendo-a ficar parada a olhar para o seu novo senhor. A verdadeira cerimónia já fora celebrada semanas antes do casamento, nenhuma mulher estivera presente. Somente os homens haviam participado nela, pois tratara-se de assinar os acordos relativos ao dote e documentação."
A morte da mãe de Sultana: "Os criados sudaneses já haviam cavado uma sepultura no deserto infindável da nossa terra. O corpo da nossa mãe foi ternamente depositado na cova e o pano branco foi afastado do seu rosto por Ali, o único filho terreno que tinha. Ao ver os criados deitarem a areia vermelha de Rub al-Khali para cima do seu rosto e corpo, encolhi-me. Deixámos a nossa mãe para trás, na vastidão vazia do deserto, no entanto eu sabia que já não importava que não tivesse ficado nenhuma lápide a marcar a sua presença ali, ou que não tivesse havido nenhum serviço religioso a falar da mulher simples que fora uma chama de amor durante todo o tempo que passara na Terra. Um mês depois soubemos, através de Ali, que o nosso pai se preparava para casar de novo, pois, na nossa terra, o normal é haver quatro esposas entre os muito ricos. O meu pai tencionava desposar uma das primas reais, Randa, uma jovem com quem eu brincara em pequena há muito tempo, parecia-me. A jovem noiva tinha quinze anos, mais um do que eu, que era a filha mais nova que ele tivera com a minha mãe. Quatro meses depois do enterro da minha mãe, fui ao casamento do meu pai. Sabia que a memória da minha mãe, depois de esta lhe ter dado dezasseis filhos e muitos anos de obediência, estava a ser tranquilamente desrespeitada pelo meu pai."
Sultana viria a casar, aos 16 anos, com um primo real chamado Karim, que tinha 28 anos de idade. "Sultana seria a sua 1ª mulher. Karim estudara Direito em Londres. E o que ainda era mais fora do comum, distinguira-se da maioria dos primos reais, pois detinha uma posição importante no mundo dos negócios. Abrira, recentemente, uma enorme firma de Advogados em Riade. Nura acrescentou que eu era uma rapariga cheia de sorte, pois Karim já dissera ao meu pai que, antes de fundar uma familia comigo, quería que eu completasse os meus estudos. Não desejava uma mulher com quem não pudesse comunicar intelectualmente". "Quando o meu pai me deu a novidade, dancei pelo quarto, louca de alegria. Ia conhecer o homem que seria o meu marido antes de o desposar! As minhas irmãs e eu ficámos espantadissimas, pois não se tratava de um costume aceite na nossa sociedade; éramos prisioneiras que sentiam as grilhetas da tradição, sempre presentes, aligeirarem-se." Sultana descreve-nos depois o casamento, a vida de casada, o nascimento dos filhos, a escolha de uma 2ª esposa para o marido e todos os seus sentimentos face à evolução da sua própria realidade. Há, sem dúvida, muito mais que ler neste livro.
A vida de uma princesa árabe ofereceu uma perspectiva realista duma sociedade em sofrimento. Através da vida de Sultana percebi que enquanto as sociedades modernas se esforçam por melhorar as condições de vida de todos os povos, existem mulheres, que continuam a fazer face a uma autêntica ameaça de tortura ou morte sob o domínio primitivo do sexo masculino. As costuras do manto da escravatura feminina são cosidas com a linha forte da vontade masculina em se agarrar ao seu domínio histórico sobre as mulheres. “As mulheres do meu país podem estar escondidas pelo véu e firmemente controladas pela nossa rígida sociedade patriarcal, mas a mudança virá, pois o nosso sexo está farto da restrição de costumes. Ansiamos pela nossa liberdade pessoal.” – afirma Sultana.
Eu também anseio que esta realidade seja ultrapassada num futuro breve e próximo.
Actualmente Sultana é ainda viva e está na casa dos 50 anos.
Em continuidade a esta história sairam mais 2 livros, que conto ler em breve. São eles "As Filhas da Princesa Sultana", onde Sultana fala-nos das suas duas filhas: uma que se atreveu a ter uma relação proibida, com outra mulher; a segunda que se tornou uma religiosa fanática, disposta a destruir tudo aquilo por que a mãe lutou; e Deserto Real — Lutas e Vitórias da Princesa Sultana, em que Sultana continua o mesmo combate: o casamento forçado de uma sua sobrinha com um homem muito mais velho, cruel e depravado, e a descoberta de um harém de escravas sexuais mantido por um primo, tornam-na cada vez mais determinada na sua luta contra a opressão a que são sujeitas as mulheres numa grande parte dos países muçulmanos.
Boas Leituras!
Não é que a senhora em destaque seja merecedora de algumas palavras minhas... mas de facto não posso deixar de ficar !!!!
... dinheiro não é (definitivamente) sinal de bom gosto! IRRA!
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