Sábado, 31 de Outubro de 2009
As Surpresas da Vida

 

Uma das expressões que não me canso de repetir é que “a vida é uma caixinha de surpresas” e quantas vezes na nossa vida, esta expressão faz tanto sentido! E então quando nos surge uma daquelas surpresas pela frente e nos toca de forma mais intensa...

 

A vida é, sem qualquer dúvida, feita de surpresas, ou de um encadeado de surpresas: umas boas, outras más, umas grandes, outras pequenas, de diversas formas e tamanhos, de diferentes sabores e intensidades, umas como resultado de opções que nós próprios tomamos, outras são completamente imprevisíveis.

 

As Surpresas da Vida são um encadeado de acontecimentos que não estão planeados e que não conseguimos prever, são acontecimentos inesperados e para os quais temos de saber reagir da melhor forma para que tanto esses acontecimentos como os seus efeitos nos causem o menor dano possível em cada momento. Aliás cada momento da vida é também ele uma pequena surpresa porque não sabemos ao certo o que ele nos reserva até o vivermos. Por isso vivemos momentos únicos e, por vezes, completamente imprevisíveis.

 

Quando nos visitam aquelas surpresas menos boas, facilmente ficamos desalentados, o nosso sorriso desaparece. À nossa volta tudo parece bem mais cinzentão e enfadonho, temos aquela sensação de impotência perante os efeitos dessas surpresas e sentimo-nos tristes. Nestas alturas temos que ser capazes de acreditar que o nosso sorriso não nos abandonou mas apenas hibernou durante um tempito e que irá regressar com uma pequena surpresa agradável para contrariar o desânimo e a tristeza. É nestes momentos que temos que encontrar forças para reagir e renovar o estado de espírito, que temos que estar atentos às surpresas que vão fazer inverter o ciclo negativo e para isso temos também que estar receptivos a ser surpreendidos de forma positiva, bastando para isso ter bem sintonizada a frequência do Optimismo.

 

Mas quando a surpresa é agradável, então o nosso sorriso desponta, os olhos brilham, o ânimo regressa e instala-se confortavelmente na nossa vida. Parece que o mundo à nossa volta é bem mais colorido! Nessas alturas temos que saber retirar das surpresas tudo aquilo que elas nos trazem de bom. Temos que desfrutar da alegria, temos que partilhar o nosso sorriso com quem nos rodeia, em especial com as pessoas que nos acompanham na vida e nos tocam de forma especial. Temos forçosamente que contagiar os outros com o nosso estado de espírito, geralmente de bem-estar e felicidade interior.

 

A vida vai continuar a ser uma caixinha de surpresas, e uma após outras, as surpresas vão fazer com que a monotonia não se instale e fazer com que seja divertido e emocionante ir descobrindo o que essa mesma “caixinha” nos vai reservando ao longo da vida.

O importante é não deixar a tal caixinha fechada, mas sempre entreaberta...

O importante é não deixar qualquer “embrulho” fechado e abrir-mos sempre as nossas surpresas...

 

A vida está cheia de surpresas e de momentos inesquecíveis que nos fazem conseguir alcançar os nossos sonhos e objectivos.

 

Hoje concretizei um sonho e agradeço à vida por mais esta surpresa boa que me reservou!

 



publicado por Sheila às 01:49
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Sexta-feira, 30 de Outubro de 2009
Telegram-ó-Post

Contagem Decrescente... STOP... falta uma hora... STOP.... estou nervosa... STOP... sinto um friozinho na barriga... STOP... a boca seca... STOP.... as pernas dormentes... STOP... o coração aos pulos... STOP... suores frios... STOP... pareço uma garota... STOP.... tou farta de ser gozada... STOP... que tótó... STOP... acabei de assinar os papeis do seguro... STOP... Contra todos os riscos!!!... STOP... vou buscar o meu CARRO NOVO! ...STOP... e 2ªf tenho que pagar o almoço aqui à malta!... e já não posso dizer STOP!!!!!!

 

Bom Fim de Semana  

 



publicado por Sheila às 16:01
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Quinta-feira, 29 de Outubro de 2009
Fidelidade

 

“A fidelidade não se compra, conquista-se, a longo prazo, através das nossas atitudes e comportamentos, que demonstram, confiança, respeito, atenção etc,.”

 

Este é um dos “chavões” de marketing e vendas, mas é engraçado como se pode também aplicar às mais variadas relações humanas. A fidelidade não devia ser exigida ou imposta mas sim conquistada continuamente.

 

Infelizmente é comum que a palavra “fidelidade” seja imediatamente associada a uma relação amorosa, e para mim esta postura ou sentimento é dos mais importantes e valiosos em qualquer tipo de relação humana.

 

Assim, é, sem dúvida, importante perceber qual o real significado de “fidelidade” nas relações humanas. Existe uma imensa e extensa escala de atitudes ou comportamentos que não é vista da mesma forma por todas as pessoas.

 

Tudo vai depender das pessoas, do tipo de relacionamento que está em jogo, da educação e dos valores de cada um, dos sonhos construídos e da própria experiência de vida que vai mudando a forma como as pessoas sentem e vivem essa escala de atitudes, e como as aplicam nas suas vidas.

 

Todo um mundo exterior existirá sempre em redor das relações enquanto que as “tentações” se vão cruzando no caminho das pessoas. A conquista é uma grande ajuda para que se mantenham unicamente como tentações.

 

Para mim a “fidelidade” não é um compromisso que fazemos com os que nos rodeiam, mas sim com o nosso sentimento e connosco próprios. Se não formos fieis ao que sentimos, o resto passa a ter uma importância muito relativa mesmo!

 

E para vocês, o que é a Fidelidade?

 

 



publicado por Sheila às 15:50
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Quarta-feira, 28 de Outubro de 2009
Ser Feliz ou ter Razão?


Para reflexão...


Oito da noite, numa avenida movimentada.

O casal já está atrasado para  jantar na casa de uns amigos.

O endereço é novo e ela consultou no mapa  antes de sair.

Ele conduz o carro. Ela orienta e pede para que vire, na  próxima rua, à esquerda.

Ele tem certeza de que é à direita. Discutem.

Percebendo que além de atrasados, poderiam ficar mal-humorados, ela deixa que ele decida.

Ele vira à direita e percebe, então, que estava errado.

Embora com dificuldade, admite que insistiu no caminho errado, enquanto faz o retorno.

Ela sorri e diz que não há nenhum problema se chegarem alguns minutos atrasados.

Mas ele ainda quer saber: - Se tinhas tanta certeza de que eu estava indo pelo caminho errado, devias ter insistido um pouco mais...

E ela diz: - Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz.

Estávamos à beira de uma discussão, se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite!

Esta pequena história foi contada por uma empresária, durante uma palestra  sobre simplicidade no mundo do trabalho.

Ela usou a cena para ilustrar quanta energia nós gastamos apenas para demonstrar que temos razão, independentemente, de tê-la ou não. Desde que ouvi esta história, tenho me perguntado com mais frequência: 'Quero ser feliz ou ter razão?'

Outro pensamento parecido, diz o seguinte: 'Nunca se justifique.

Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam.

Eu já decidi... EU QUERO SER FELIZ e vocês?

 



publicado por Sheila às 09:43
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Terça-feira, 27 de Outubro de 2009
Evolução

 

Uma ave quando vê um peixe num rio, mergulha e toma-o no bico para saciar a sua fome.

Mas, quando o peixe é grande e pesado, ela devolve-o ao rio, porque sabe dos perigos que corre se permanecer por muito tempo fora das alturas que a protegem.

 

A lagosta cresce formando e largando uma série de cascas duras e protectoras. Cada vez que ela se expande, de dentro para fora, a casca confinante tem de ser mudada. A lagosta fica exposta e vulnerável até que, com o tempo, um novo revestimento vem substituir o antigo.

 

A cada passagem de um estágio de crescimento humano para outro, também temos de mudar uma estrutura de protecção. Ficamos expostos e vulneráveis, mas também efervescentes e embriônicos novamente, capazes de nos extendermos de modo antes ignorado.

 

Essas mudanças de pele podem durar vários anos! Entretanto, se sairmos, de cada uma dessas passagens, entramos num período mais prolongado e mais estável, no qual podemos esperar relativa tranquilidade e uma sensação de reconquista de equilíbrio.

 

À medida que crescemos, experiênciamos diversas coisas na nossa vida, vamos adoptando posturas e conhecimentos preciosos. Assim como a Ave, que descrevi em cima, vamos sabendo diferenciar situações de perigo e adoptando as medidas necessárias para nos protegermos.

 

Mais do que o nosso aspecto físico, o que muda em nós ao longo do tempo é a forma como vemos o mundo que nos rodeia, a forma como sentimos o ambiente que nos envolve, tudo o que aprendemos e apreendemos ao longo da nossa vida e nos torna naquilo que somos em cada momento.

 

A expressão “se eu soubesse o que sei hoje” evidencia que em determinada altura da vida reagimos de uma forma que hoje não faz mais sentido porque entretanto fomos incorporando em nós o saber da experiência do que já passou. Sem dúvida que hoje sabemos mais que sabiamos ontem... evoluímos, experienciámos e aumentámos o nosso conhecimento!

 

O tempo passa por nós e nós vamos mudando quase sem percebermos que isso nos acontece, a verdadeira idade tem exactamente a ver com aquilo que nós aprendemos ao vivermos dia após dia. A idade física é apenas um referencial que teimamos manter e que tantas vezes serve de meio de discriminação de alguns.

 

O tempo passa, nós mudamos e o importante é conseguirmos ir mudando de forma a procurar o nosso equilíbrio e o nosso sentido de vida. E tal como nós, estes também vão mudando, fruto da nossa vivência e da nossa própria mudança, evolução, crescimento ou amadurecimento.

 

Como é bom ter esta possibilidade de evoluir sempre!

 



publicado por Sheila às 00:20
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Segunda-feira, 26 de Outubro de 2009
Cansaço

 

Quando o cansaço nos invade temos que o resolver através do descanso ou da ruptura. E seja físico ou não, o cansaço deixa-nos moles, fracos e abatidos, fazendo surgir em nós uma grande vontade de nos refugiarmos longe de tudo e de todos. Sentimos a necessidade de descanso, de tranquilidade, de paz, de calma, de serenidade, de espaço para reflectir, de tempo para recuperar forças, de silêncio que nos acalme ou seja de algo que possa melhorar quer o nosso estado físico quer o nosso estado de alma.

 

Torna-se obrigatório descansarmos, repousarmos, acalmarmos o ritmo e fazermos uma pausa antes de prosseguir o caminho. É o momento de pensar e reflectir antes de continuar. É o momento de recuperar forças ou a calma necessárias para prosseguir o nosso caminho. Ou então fazemos uma ruptura, quebrando o ritmo e rumo que temos trilhado. Fazemos uma mudança para que o caminho que nos tem vindo a cansar passe a ser outro. A ruptura permite-nos parar com aquilo que nos deixa cansados, e mesmo sem tempo para descansar e fazer pausas, conseguimos eliminar o cansaço.

 

Já ouvimos muitas vezes “quem corre por gosto não cansa”. Esta expressão reflecte que quando gostamos do que fazemos acabamos por não sentir o cansaço físico. Mas este sentimento de cansaço é atenuado pela inexistência de cansaço psicológico. Podemos sentir o cansaço físico, mas se gostamos do que fazemos, dificilmente nos deixamos abater ou nos cansamos de fazer o que temos pela frente.

Precisamos de pausas e de descansar, mas as rupturas não são necessárias! Porque gostamos do que fazemos, ou seja corremos por gosto, corremos por coisas que nos são importantes!

 

Nas últimas semanas tenho “corrido por gosto” mas nestes últimos dias acabei por acusar “um cansaço” que me obrigou a abrandar o ritmo. É rara a semana que não chegue a 6ªfeira completamente de rastos, mas no fim de semana durmo mais uma horas e o equilibrio fica assegurado para os próximos dias da semana que se segue.

 

Este fim de semana foi estranho e fez-me re-pensar a forma de “corrida” que tenho imprimido na minha vida ao longo dos últimos anos. Passei a minha tarde de Sábado no IPO. A minha cunhada foi operada a um cancro e embora tenha corrido tudo bem e ela ser uma força da natureza, pela força e pela coragem que a caracterizam, não consegui evitar vir de lá psicologicamente abatida. Este cansaço que sinto é uma gota no cansaço de sofrimento que muitos passam no combate a uma doença. Quando nos queixamos que andamos cansados ou abatidos devemos faze-lo com um sorriso nos lábios, porque afinal falamos de um cansaço fisico, perfeitamente soluccionável e que depende exclusivamente de nós...

 

E apesar das nuvens de cansaço que sobre mim pairam... é no céu azul que continuo em busca do meu sorriso e da minha energia!

 

Desejos de uma óptima semana :)

 

Ps: desculpem ainda não ter respondido aos comentários dos últimos posts. Bem haja aos que me acompanham e mesmo virtualmente não deixam de fazer parte do tal "céu azul", tão responsável pela minha energia positiva. Beijinhos Doces

  

 



publicado por Sheila às 01:05
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Quinta-feira, 22 de Outubro de 2009
Pensamento

 

 

“É tão absurdo dizer

que um homem não pode amar

a mesma mulher toda a vida,

quanto dizer que um violinista

precisa de diversos violinos

para tocar a mesma música.”

 

 Honoré de Balzac

 



publicado por Sheila às 19:08
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Quarta-feira, 21 de Outubro de 2009
Vida e Morte

 

 

É a mais pura verdade que tudo na nossa vida obedece a uma sincronicidade e que absolutamente nada acontece ao acaso. Um poste não cai por acaso. É um sinal.

Discutíamos sobre os efeitos dos nossos pensamentos e atitudes e os consequentes resultados na nossa vida. Porque as pessoas, na vida,  numa empresa, na nossa família, no nosso grupo complicam o que está fácil? Assim era a reunião que estávamos tendo.

Por que não consigo?

Porquê tanta dificuldade?

Em verdade formávamos uma cadeia enorme de porquês e mais questionamentos sobre o ciclo evolutivo da vida e a nossa necessidade de compreendê-lo dentro da empresa.

Nereu Araldi, meu amigo e escritor de vários livros, sendo que um deles vendeu mais de 250.000 exemplares - Fazer o Bem Vale a Pena - interrompeu seu silêncio dizendo: o que é que está no meio entre vida e morte?

Nos olhamos e ficamos com um semblante de dúvida. Ele repetiu: Entre vida e morte, o que tem no meio? O que realmente faz a diferença?

Não conseguimos entender... Não matámos a charada. Pacientemente ele juntou as duas palavras: VIDAMORTE. Na sequência evidenciou as letras que formam a palavra AMOR...

- Pessoal, na realidade as coisas não acontecem, os conflitos afloram, as dúvidas aumentam e os resultados tornam-se difíceis de serem obtidos, simplesmente porque as pessoas esquecem de fazer com AMOR... Agregam vaidade, poder e fazem tudo buscando satisfazer as suas exclusivas necessidades. Somos a média dos nossos pensamentos.

O que existe entre a vida e a morte é só uma coisa, o Amor. Faça tudo com ele. Dê-o a quem precisar e mesmo a quem não o quiser... Simplesmente dê. Plante Amor. O que está faltando na vida é só isso, fazer com AMOR. A morte é certa, como não sabemos quando ela virá, façamos com amor, tudo...

Este é Nereu Araldi. Faça como ele, procure fazer com AMOR. Acrescento ainda mais dizendo que, além de fazer com amor é necessário observarmos quem está connosco, ao nosso lado. A história da maçã podre é verdadeira...

 

Saul Brandalise Jr

 

Brutal!

 


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publicado por Sheila às 11:05
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Terça-feira, 20 de Outubro de 2009
Boa Disposição :)

E porque hoje a chuva nos pregou uma partida. Sim porque sempre que chove, a rotina matinal aumenta os níveis de stress. É o trânsito que se apanha, é as poças de água que se enfrentam, é o cinzentismo que os meus olhos adquirem, é o carro todo sujo, volante molhado de cada vez que entro a correr no carro. Uma estafa!

Mas e nada melhor que combater o cinzento deste dia molhado com boa disposição, aqui fica uma amostra de imagens, que me arrancam um sorriso e uma gargalhada :)

 

Alguém (Engenheiro ou Arquitecto) não previu que a conjugação dos desenhos do muro com o ângulo do sol a uma determinada hora do dia ia dar esta sombra...

 

                               

 

Uma ideia para a Mercedes....

 

                                   

 

O novo Facebook em África...

 

                                

 

É nestas publicações, o quanto vemos o rigor do Diário da República! LOL

 

                       

 

 

E dentro do possível, tenham BOA DISPOSIÇÃO :)

 



publicado por Sheila às 12:45
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Segunda-feira, 19 de Outubro de 2009
O Relógio

 

“O colégio onde eu estudava, em menina, costumava encerrar o ano lectivo com um espectáculo teatral. Eu adorava aquilo, porém nunca fora convidada para participar, o que me trazia uma secreta mágoa.

Quando fiz onze anos avisaram-me que, finalmente, ia ter um papel para representar. Fiquei felicíssima, mas esse estado de espírito durou pouco: escolheram uma colega minha para o desempenho principal. A mim coube uma personagem, de pouca importância.

A minha decepção foi imensa. Voltei para casa em pranto. A minha Mãe quis saber o que se passava e ouviu toda a minha história, entre lágrimas e soluços. Sem nada dizer ela foi buscar o bonito relógio de bolso do meu pai e colocou-o nas minhas mãos, e perguntou-me:

- O que é que vês aqui?

- Um relógio de ouro, com mostrador e ponteiros.

Em seguida, ela abriu a parte traseira do relógio e repetiu a pergunta:

- E agora, o que estás a ver?

- Oh mãe, aí dentro parece haver centenas de rodinhas e parafusos.

A minha mãe surpreendia-me, porque aquilo nada tinha a ver com o motivo do meu aborrecimento. Entretanto, calmamente ela prosseguiu:

- Este relógio, tão necessário ao teu pai e tão bonito, seria absolutamente inútil se nele faltasse qualquer parte, mesmo a mais insignificante das rodinhas ou o menor dos parafusos.

Nós nos entrefitamos e, no seu olhar calmo e amoroso, eu compreendi sem que ela precisasse dizer mais nada.

Essa pequena lição tem me ajudado muito a ser mais feliz na vida. Aprendi, com a máquina daquele relógio, quão essenciais são mesmo os deveres mais ingratos e difíceis, que nos cabem a todos. Não importa que sejamos o mais ínfimo parafuso ou a mais ignorada rodinha, desde que o trabalho, em conjunto, seja para o bem de todos.

E percebi, também, que se o esforço tiver êxito o que menos importa são os aplausos exteriores. O que vale mesmo é a paz de espírito do dever cumprido..."

 Um dos maiores alentos que sinto na minha vida é precisamente esta paz de espírito de dever cumprido, de que dei o máximo de mim no que é importante para o meu bem estar e felicidade interior.

O valor de um perfume não se revela apenas na essência da sua fragrância, mas também na substância que o fixa no nosso corpo. De nada adianta usarmos um perfume agradável, mas que se evapora logo após sentirmos o seu aroma ou um perfume que não ligue com a nossa pele.

Os instantes da certeza do nosso valor são perfumes que só conseguem permanecer na nossa vida quando aprendemos a fixá-los com a substância do esforço e do valor que cada um dá a si próprio.

Desejo uma Semana Feliz 



publicado por Sheila às 23:27
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Domingo, 18 de Outubro de 2009
Selinho Blog Perfeitinho

 

Ela nem imagina o quanto, mas é com uma sincera alegria e orgulho que recebo da minha doce amiga Sofia, a my hiding place, este selinho lindo e tão perfeitinho :))

Obrigado Doçura! Receber este miminho hoje foi muito importante para mim, acho que não imaginas o quanto!

 

Regras:

 

   1. O link de quem indicou: My Hiding Place

   2. Postar o selo: já está, este selinho de um azul lindo lindo lindo!

   3. Passar o selo a (5) blogs perfeitos:

        Pingo de Mel

        Miguxa

        Joana

        Miuda

        Cumplice do Tempo

        Estrelas no Deserto

        Cuidando de Mim

        Sonhando aos Quarenta

        Jangada de Canela

        Just Moments

        Sindarin

          e também devolvo à My Hiding Place

            E que são os eleitos pela qualidade de conteúdos, simplicidade e cumplicidade de sentimentos e estados de espírito que sinto ao lê-los no meu dia a dia.    

 

Grande beijo a todos eles :)

 

   4. Responder às perguntas:

  

   * Mania: ser demasiado racional em alguns aspectos da minha vida

   * Pecado capital: A Preguiça, sem sombra de dúvida lol

   * Melhor cheiro do mundo: a pipocas doces, a frango churrasco 

   * Se o dinheiro não fosse problema: abria uma Fundação de apoio a crianças, idosos e a deficientes e outros que necessitassem de apoios a todos os níveis.

   * História de infância: sempre muito desporto e querer crescer depressa

   * Habilidade como dona de casa: boa cozinheira, principalmente de petiscos :) 

   * O que não gosto de fazer em casa: limpar a fritadeira eléctrica ou o forno

   *  Frase preferida: É tão bom não fazer nada e depois descansar lol

   * Passeio para o corpo: à beira mar ao fim da tarde, em boa companhia e depois de um dia de trabalho!

   * Passeio para a alma: Yoga e Body Balance, o equilibrio das nossas energias

   * O que me irrita: Falsidade e Hipocrisia

   * Frases ou palavras que uso muito: dasse! brutal ou surreal, depende da situação;

   * Palavrão mais usado: porra! 

   * Vou aos arames quando: me mentem. me enganam ou me acusem de algo que não disse ou fiz!

   * Talento oculto: sensibilidade apurada

   * Não importa que seja moda, eu não usaria nunca: roupa que não seja o meu estilo... não entro em modas!

   * Queria ter nascido a saber: que há pessoas que passam nas nossas vidas e são uma enorme desilusão!

 

PS1: Querida e doce miuda obrigada pela tua sintonia em também tu me teres oferecido este selinho lindo, que só há pouco reparei. Esta cumplicidade é sem dúvida o que de melhor retiro da nossa doce sintonia :) Bem haja linda!

  PS2: (em 19.10.2009): Querida amiga amaria, também te agradeço muito e de coração o facto de me teres presenteado e mimado com este selinho, e que gostaria de te retribuir também :) Um bem haja enorme e muito sentido mesmo! Há surpresas que são brutais e digo sinceramente que a tua me tocou e muito :) Obrigada amiga :)



publicado por Sheila às 23:33
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Sexta-feira, 16 de Outubro de 2009
Uma resposta possível a Maité Proença LOL

 

Desengane-se quem diz que os portugueses não têm humor...

 aqui encontram

a possível resposta ao pedido de desculpas proferido pela actriz!

 

Muito BOM!

 

E nesta polémica em torno desta história,

nunca uma frase fez tanto sentido como esta:

 

"A Inteligência Artificial nunca chegará aos pés da Estupidez Natural."

 

 

 PS: Acabei de combinar o jantar para hoje. Vamos experimentar um restaurante Japonês, será que sobrevivo LOL É 6ªªªªªª FEIIIIIRAAA!!!

 

Bom fim de semana :)

 



publicado por Sheila às 17:21
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Uma vida em 44 segundos...

 

  

Não sei...

Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura... Enquanto durar!

 

Cora Coralina

 



publicado por Sheila às 00:04
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Quinta-feira, 15 de Outubro de 2009
O Vencedor e o Perdedor

 

Um vencedor é sempre parte da resposta 

Um perdedor é sempre parte do problema

 

Um vencedor possui sempre um programa

Um perdedor possui sempre uma desculpa

 

Um vencedor diz “Deixe-me ajudá-lo”

Um perdedor diz “Não é minha Obrigação”

 

Um vencedor vislumbra uma resposta para cada problema 

Um perdedor vê todos os problemas, sem resposta

 

Um vencedor diz “Pode ser difícil, mas não impossível”

Um perdedor diz “pode até ser possível, mas será difícil”

 

Um vencedor entende que sem Deus ou sem fé não poderá encontrar-se

com o melhor para a sua Vida.

 

Um perdedor crê que pode viver sempre baseado nos seus recursos

próprios e no seu orgulho pessoal

 

 O melhor vencedor é aquele que aceita a sua derrota, pois é melhor chorar de tristeza por não ter vencido, que chorar de vergonha por não ter lutado, porque um verdadeiro vencedor é também aquele que sabe perder!

Vencedores são também aqueles que tentam várias vezes, sem desistir do que querem,  aqueles que batalham com todas as  suas forças pelo que querem, mesmo sabendo que por instantes o que querem pode ser impossível, mas óptimista em crer que o possível pode estar bem perto. 
Temos a mesma consiência, a mesma força, basta querer usá-las. Nenhum ser é diferente, apenas escolhe outras formas para desfrutar das suas habilidades, e assim segue ganhando ou perdendo. Todo o ser humano necessita de algo para ser feliz, algo para se sentir bem. Os vencedores formam-se pelos seus objectivos, pela sua postura perante a vida, porque:
Um vencedor consegue "ver a parede na sua totalidade"... já um perdedor fixa-se "no azulejo que lhe cabe colocar"!

 



publicado por Sheila às 01:29
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Quarta-feira, 14 de Outubro de 2009
O Rei de Quase-Tudo

 

O Rei de Quase-Tudo tinha quase tudo. Tinha terras, exércitos e tinha muito ouro.

Mas o rei não estava satisfeito com o quase tudo.

Ele queria TUDO.

Queria todas as terras, queria todos os exércitos, e todo o ouro que ainda houvesse.

Assim... mandou os seus soldados à procura de TUDO.

E mais terras foram conquistadas... Outros exércitos foram dominados...

Nos seus cofres já não cabia tanto ouro. Mas o rei ainda não tinha TUDO.

Continuava o Rei de Quase-Tudo.

Por isso ele quis mais. Quis as flores, os frutos e os pássaros.

Quis as estrelas e quis o Sol.

Flores, frutos e pássaros lhe foram trazidos.

Estrelas foram aprisionadas e o Sol perdeu a liberdade.

Mas o rei ainda não tinha TUDO.

Porque tendo as flores, não lhes podia prender a beleza e o perfume.

Tendo os frutos, não lhes podia prender o sabor.

Tendo os pássaros, não lhes podia prender o cantar.

Tendo as estrelas, não lhes podia prender o brilho.

E tendo o Sol, não lhe podia prender a luz.

O Rei ainda era o Rei de Quase-Tudo. E ficou triste.

Na sua tristeza saiu a caminhar pelos seus reinos.

Mas os reinos eram agora muito feios.

As flores e os frutos tinham sido colhidos.

A noite não tinha estrelas e o dia não tinha Sol.

E triste como ele, eram os seus súbditos.

Então o Rei de Quase-Tudo não quis mais nada.

Mandou que devolvessem as flores aos campos e que entregassem as terras conquistadas.

Mandou que plantassem árvores para que dessem frutos e que soltassem os pássaros.

Mandou que distribuissem as estrelas pelo céu e que libertassem o Sol.

E o Rei ficou feliz.

Na sua imensa alegria sentiu a paz. E sentindo paz, o rei viu que não era mais o Rei de Quase-Tudo.

Ele agora tinha TUDO.

Eliardo França

 

"A vida é para nós o que concebemos dela. Para o rústico cujo campo lhe é tudo, esse campo é um império. Para o César cujo império lhe ainda é pouco, esse império é um campo. O pobre possui um império; o grande possui um campo. Na verdade, não possuímos mais que as nossas próprias sensações; nelas, pois, que não no que elas vêem, temos que fundamentar a realidade da nossa vida."

Fernando Pessoa

 



publicado por Sheila às 09:46
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Terça-feira, 13 de Outubro de 2009
A saida...

 

"Se colocarmos um falcão num cercado com um metro quadrado e inteiramente aberto por cima, o pássaro, apesar de sua habilidade para o vôo, será um prisioneiro.

 

A razão é que um falcão começa sempre o seu vôo com uma pequena corrida em terra. Sem espaço para correr, nem mesmo tentará voar e permanecerá um prisioneiro para o resto da vida nessa pequena cadeia sem tecto.

 

O morcego, uma criatura notavelmente ágil no ar, não pode sair de um lugar nivelado; se for colocado num piso completamente plano, tudo que ele conseguirá fazer é andar de forma confusa, dolorosa, procurando alguma ligeira elevação de onde possa lançar-se...

 

Um zangão, se cair num pote aberto, ficará lá até morrer ou ser removido. Ele não vê a saída no alto; por isso, persiste em tentar sair pelos lados, próximo ao fundo. Procurará uma maneira de sair onde não existe nenhuma, até que se destrua completamente, de tanto atirar-se contra o fundo do vidro."

 

 Curioso não é? Há pessoas como o falcão, o morcego e o zangão: atiram-se obstinadamente contra os obstáculos, lutam desenfreadamente em vão, sem perceber que a saída está logo acima!

 



publicado por Sheila às 00:04
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Segunda-feira, 12 de Outubro de 2009
Doces Sabores

 

 

O carinho e a ternura constituem um suporte sobre o qual construímos outros sentimentos.

Estão presentes nas várias formas de amor que conhecemos e funcionam como uma base sobre a qual colocamos outros ingredientes que vão moldando os sentimentos.

 

Construir um sentimento deste tipo requer, para além do carinho e da ternura, que se adicione o respeito, o companheirismo, a paixão, o desejo, a entrega, a admiração e outros ingredientes da vida. Não existem regras nem receitas infalíveis, por isso há que calcular “a olho” a dose de cada um dos ingredientes, provando e melhorando o sabor do sentimento que vamos experimentando.

 

E quando o resultado é bom, pode dizer-se que é uma delícia saborear o que se obtém!

 

Outro doce sabor é quando nos sentimos cumplices de algo, quando nos entregamos a um desafio, e cuja receita está mesmo aqui ao lado para provar. O desafio em cadeia #3 está já on-going aqui! Acrescentem os vossos ingredientes (leia-se textos, frases, poesias) a esta bela receita para que se perpétue como um doce manjar :)

 

Deixo-vos o desejo de uma excelente semana!

 



publicado por Sheila às 01:00
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Sábado, 10 de Outubro de 2009
Procura-se um Amante!

 

Muitas pessoas têm um amante, e outras gostariam de ter um. Há também as que não têm, e as que tinham e perderam. Geralmente são estas últimas que vêem ao meu consultório para me contar que estão tristes ou que apresentam sintomas típicos de insónia, apatia, pessimismo, crises de choro, ou as mais diversas dores.

 

Elas contam-me que as suas vidas correm de forma monótona e sem perspectivas, que trabalham apenas para sobreviver e que não sabem como ocupar o tempo livre. Enfim, são várias as maneiras que elas encontram para dizer que estão simplesmente a perder a esperança.

 

Antes de me contarem tudo isto, já tinham estado noutros consultórios, onde receberam as condolências de um diagnóstico firme: "Depressão"... além da inevitável receita do anti-depressivo do momento. Assim, depois de as ouvir atentamente, eu digo-lhes que elas não precisam de nenhum anti-depressivo. Digo-lhes que o que elas precisam é de um Amante!

 

É impressionante ver a expressão dos olhos delas ao receberem o meu conselho. Há as que pensam: "Como é possível que um profissional se atreva a sugerir uma coisa destas?!".

 

Há também as que, chocadas e escandalizadas, despedem-se e não voltam nunca mais. Aquelas que decidem ficar e não fogem horrorizadas, eu explico-lhes o seguinte: Amante é "aquilo que nos apaixona". É o que toma conta do nosso pensamento antes de adormecermos, e é também aquilo que, às vezes, nos impede de dormir. O nosso Amante é o que nos mantém distraídos em relação ao que acontece à nossa volta. É o que nos mostra o sentido e a motivação da vida.

 

Às vezes encontramos o nosso amante no nosso parceiro, outras vezes, em alguém que não é nosso parceiro, mas que nos desperta as maiores paixões e sensações incríveis. Também podemos encontrá-lo na pesquisa científica ou na literatura, na música, na política, no desporto, no trabalho, na necessidade de nos transcendermos espiritualmente, numa boa refeição, no estudo, ou no prazer obsessivo do nosso passatempo preferido...

 

Enfim, Amante é "alguém" ou "algo" que nos faz "namorar" a vida e nos afasta do triste destino de "ir vivendo". E o que é "ir vivendo"?

 

"Ir vivendo" é ter medo de viver. É vigiar a forma como os outros vivem, é o deixarmo-nos dominar pela pressão, andar por consultórios médicos, tomar remédios multicoloridos, afastarmo-nos do que é gratificante, observar decepcionados cada ruga nova que o espelho nos mostra, é aborrecermo-nos com o calor ou com o frio, com a humidade, com o sol ou com a chuva.

"Ir vivendo" é adiar a possibilidade de viver o hoje, fingindo contentarmo-nos com a incerta e frágil ilusão de que talvez possamos realizar algo amanhã.

 

Por favor, não se contentem com "ir vivendo". Procurem um amante, sejam também um amante e um protagonista da vossa vida...

 

Acreditem que o trágico não é morrer, porque afinal a morte tem boa memória e nunca se esqueceu de ninguém. O trágico é desistir de viver, por isso, e sem mais delongas, procurem um amante.

 

A psicologia, após estudar muito sobre o tema, descobriu algo transcendental:

 

"Para se estar satisfeito, activo, e se sentir jovem e feliz, é preciso namorar a vida". “

 

 

Livro: "Hay que buscar se un Amante"

“Texto: Dr. Jorge Bucay

 Achei este texto delicioso, até porque também eu não descuro as minhas paixões e os meus amantes que tanto me ajudam e me dão um enorme alento para viver! E está decidido que ESTE será o meu próximo amante! AHHHH GARRA FELINO!

 



publicado por Sheila às 03:03
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Sexta-feira, 9 de Outubro de 2009
Lembranças

 

“As lembranças são os sorrisos que queremos rever, devagar”

 

Luís Represas in “Memórias de um beijo”

 

As Lembranças de momentos bons são as recordações que nos fazem sorrir, são a memória dos momentos de alegria pura que deixam saudades. É como que um recordar ou revisitar dos nossos sorrisos passados.

Já as coisas más que não conseguimos esquecer, preferimos não lhes chamar lembranças e forçamo-nos a esquecê-las encerrando-as na nossa memória como que de fantasmas se tratassem.

 

Gosto de recordar os momentos que me fizeram sorrir. E num momento de fragilidade ou de nostalgia, só o facto de pensar em momentos felizes é muitas vezes suficiente para me restituir o sorriso.

 

Somos bem mais felizes quando temos sorrisos para lembrar, e mais facilmente esquecemo-nos das coisas menos boas. Desta forma conseguimos que os momentos menos bons não se tornem presente, nem tão pouco sejam lembranças, queremos que fiquem bem arrumados e longe do nosso dia-a-dia para não nos atormentarem.

 

É bom lembrar os sorrisos que partilhamos, os sorrisos que provocamos, os sorrisos que nos provocaram!

É inevitável não sentirmos uma vontade imensa de voltar a sentir o que já sentimos e de voltar a sorrir assim!

Lembranças sorridentes são meio caminho andado para nos sentirmos bem connosco quando nos lembramos dos nossos sorrisos e esquecemos as nossas tristezas!

 

Como é boa esta lembrança momentânea de que é 6ªFeira e como é delicioso o sorriso que provoca em mim!

 

Excelente Fim de Semana

 



publicado por Sheila às 09:42
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Quinta-feira, 8 de Outubro de 2009
Afastamentos

 

Temos tendência a achar que um afastamento é apenas a distância fisica que separa as pessoas e a senti-lo quando a saudade bate mais forte. Pode até ser, mas existem outros tipos de afastamento. Nem sempre um afastamento é do “tipo” físico, e quantas vezes é o afastamento emocional que nos magoa bem mais. Também o afastamento fisico e emocional pode acontecer em simultâneo e é das sensações mais frustrantes que podemos vivênciar.

 

Num afastamento fisico podemos manter uma ligação que permita não sentirmos de forma tão dolorosa a separação fisica. Afinal conseguimos manter contacto através de um e-mail, de uma sms, de um telefonema e até de uma música ou de um gosto partilhado, e aqui curiosamente mantemos uma ligação emocional. Também, e quantas vezes, podemos estar fisicamente próximos e no entanto estarmos afastados porque emocionalmente existe algo que nos impede de comunicar com quem está perto de nós. Este afastamento emocional é, sem dúvida alguma, mais angustiante, porque os obstáculos existentes são menos palpáveis e quantificáveis. Para os obstáculos físicos podemos idealizar uma estratégia para os ultrapassar, mas quando eles são emocionais tudo se torna mais complicado, mais subjectivo e menos identificável.

 

Um afastamento nem sempre é uma separação imposta, pode também ser procurado por nós em algumas alturas. Quantas vezes sentimos necessidade de ficarmos sós para podermos reflectir! Quantas vezes nos fechamos na nossa concha para ganharmos tranquilidade! Quantas vezes sentimos  necessidade de nos afastarmos um pouco para relaxar e descansar! Como é salutar sentirmo-nos emocionalmente afastados de tudo o que está à nossa volta, naqueles momentos em que precisamos de respirar, de nos sintonizarmos com o “nosso eu”. Quando impomos ou procuramos um afastamento, cabe-nos a decisão de o voltarmos a iniciar, como resultado daquilo que sentimos ou do que queremos sentir, fruto das opções que tomamos. Quando um afastamento é imposto, sentimo-lo como sendo uma limitação, o resultado de uma decisão que não escolhemos e não controlamos e que bate em nós como uma sensação de incapacidade. Quantas vezes tentamos uma aproximação e percebemos que é impossível pelas mais variadas razões!

 

Um outro tipo de afastamento pode ainda ser uma decisão repartida, em que o afastamento é, de certa forma, o preço que temos que pagar para obter alguma coisa que nos é importante. É um afastamento imposto por algo que desejamos ou que consideramos importante ou vital para o nosso bem estar.

 

Em suma, se um afastamento é físico, este termina quando os obstáculos são transpostos: a distância, a disponibilidade, o tempo, etc. Se for emocional tem que ser restabelecida a confiança para que o afastamento termine e tem que voltar a existir necessidade de presença emocional entre as partes.

 

Deste ponto de vista, o afastamento físico por mais complicado que pareça pode ser sempre mais simples de ser ultrapassado do que um afastamento emocional, já que depende essencialmente da nossa capacidade em ultrapassar os obstáculos físicos, enquanto que um afastamento emocional depende muito de vontades mútuas e do conseguir gerir os sentimentos envolvidos.

 

Nos afastamentos definitivos temos que saber aceitar e conviver com eles, respeitando a sua memória mas sem ficarmos presos a ela. As nossas memórias ou fragmentos de situações ou relações nunca deixam de fazer parte das nossas vidas e muitas vezes são a base da pessoa que somos.

 

Tenha pena de alguns afastamentos que vou observando e sentindo ao longo da minha vida. Na minha habitual rotina aprendi a conviver com determinadas ausências e passei a viver em sintonia com o que tenho e com quem me acompanha, porque e acima de tudo o importante é valorizar verdadeiramente cada momento, cada pedacinho de algo vivênciado, porque tenho bem presente que há momentos e pessoas que são únicas, que passam por nós, mas nem sempre ficam.

 

Termino esta minha divagação com uma frase de Leonardo da Vinci, e que faz imenso sentido para mim: “Para estar junto não é preciso estar perto, e sim do lado de dentro”.

 



publicado por Sheila às 11:26
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